Vendas de veículos devem crescer 14% no segundo semestre, prevê Anfavea

Favorecidas pelo fim da Copa do Mundo e pela manutenção das alíquotas reduzidas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as vendas de veículos deverão aumentar 14% no segundo semestre, em relação aos seis primeiros meses de 2014. O ritmo, no entanto, será insuficiente para reverter a queda esperada de 5,4% nas vendas de automóveis neste […]

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Favorecidas pelo fim da Copa do Mundo e pela manutenção das alíquotas reduzidas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as vendas de veículos deverão aumentar 14% no segundo semestre, em relação aos seis primeiros meses de 2014. O ritmo, no entanto, será insuficiente para reverter a queda esperada de 5,4% nas vendas de automóveis neste ano.

A estimativa é do presidenta da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. Segundo ele, depois de um primeiro semestre de dificuldades, o setor automotivo terá uma sequência de meses favoráveis até o fim do ano. “Junho representou o fundo do poço para o setor. De lá para cá, retomamos o crescimento”, declarou.

Segundo o levantamento mais recente da Anfavea, as vendas de veículos aumentaram 11,8% em julho, na comparação com o mês anterior, mas acumulam queda de 8,6% em 2014. Moan reafirmou as projeções da entidade para o ano, com recuos de 10% na produção, de 5,4% nas vendas e de 29,1% nas exportações.

Para Moan, o desempenho do setor automotivo poderia ser bem pior, caso o governo não tivesse mantido as alíquotas reduzidas de IPI, que subiriam em 1º de julho. “Se nós tivéssemos tido o aumento das alíquotas, seguramente teríamos tido estabilidade ou queda em julho, em relação a junho”, ressaltou.

O presidente da Anfavea participou hoje (19) de reunião com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, para avaliar a conjuntura do setor automotivo. Segundo ele, a regulamentação do Programa Inovar Autopeças, cujo decreto de criação foi publicado semana passada, exigirá a construção de um modelo que garanta segurança jurídica na comprovação de origem de peças e componentes adquiridos no Mercosul.

Como, no modelo atual, caberá ao fornecedor informar ao governo o país de origem das autopeças, Moan diz que a regulamentação precisará trazer mecanismos para garantir a autenticidade dos dados. “O importante, para o setor montador, é que a gente, montadoras e o setor de autopeças, tenha segurança jurídica na apuração e no acompanhamento da rastreabilidade [comprovação de origem] das autopeças importadas”, explicou.

Segundo o presidente da Anfavea, o Inovar Autopeças, que oferece incentivos fiscais para a produção de autopeças no país, é importante para elevar a produção do setor. Ele destacou que o próprio regime automotivo atual, que prevê IPI maior para as montadoras que descumprirem índices mínimos de componentes nacionais, já está ajudando o segmento de autopeças.

“A própria legislação, no tocante às montadoras, já nos obriga a instalar componentes regionais em várias etapas da produção. Nós já tivemos, em 2013, um aumento real [acima da inflação] em torno de 7% no faturamento do setor de autopeças”, disse.

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