A Ucrânia fechou seu espaço aéreo aos aviões não comerciais, anunciou o presidente interino do país, Alexánder Turchinov. Enquanto isso, uma coluna de caminhões militares russos está avançando pela estrada rumo a Simferopol, capital da república autônoma ucraniana da Crimeia, saindo da cidade de Sebastopol, onde tem sua base a Frota Russa do Mar Negro, segundo imagens divulgadas pela televisão local.

O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, denunciou neste domingo que “tropas russas bloqueiam unidades militares ucranianas” na república autônoma da Crimeia. “Se acontecer um ataque das tropas russas, isso será considerado uma agressão”, disse Turchinov ao término de uma sessão a portas fechadas do Parlamento ucraniano.

Ele acrescentou que ontem à noite assim se expressou ao presidente da Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia, Sergei Narishkin, a quem deixou claro a “agressividade” das tropas russas na Crimeia.

“O comando russo na tropas na Crimeia lançou um ultimato às força ucranianas para que antes das 5h (hora local, 0h de Brasília) de hoje entregassem suas armas e abandonassem suas unidades. O ultimato não foi acatado, mas ainda não houve um ataque. A situação segue tensa”, declarou Turchinov.

O presidente interino, que se apresentou perante a imprensa acompanhado do primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou que a Ucrânia fechou seu espaço aéreo os voos não comerciais.

“Queremos que o país viva e se desenvolva em condições normais. O que querem os agressores é paralisar a economia da Ucrânia, provocar o caos social, o pânico. Agradeço a nossos cidadãos que não se deixem levar pelo pânico”, afirmou Turchinov.

Yatseniuk, por sua parte, ressaltou que a Rússia “não tem nenhum direito nem motivos para realizar uma operação militar na Ucrânia”.

“As forças armadas ucranianas defendem seus quartéis e estados maiores, se encontram em seus lugares de origem e não respondem às provocações russas”, concluiu.