O repasse mensal de R$ 77 mil para custear o transporte universitário, anunciado pela Prefeitura de Sidrolândia praticamente inviabiliza o serviço para a maior parte da zona rural. Em estimativa preliminar, manter o serviço nos mesmos moldes como vinha sendo feito até dezembro para 600 alunos, custaria R$ 252 mil por mês, valor que cairia para R$ 175 mil (descontada a subvenção municipal) a serem rateados entre os 600 estudantes.

Neste caso, cada aluno teria de arcar com R$ 291,66, um custo alto, quase 63% do valor da mensalidade de um curso como pedagogia na UCDB, que custa R$ 465,75, para quem paga até o dia 05.

A despesa com o transporte universitário na zona rural corresponderia a 40% do gasto com o serviço (R$ 100,8 mil), enquanto os 60% representam (R$ 152 mil) as despesas de manter a frota de 11 ônibus fazendo o percurso da praça central até Campo Grande ou Maracaju.

Este custo alto para transportar um número pequeno de alunos (em relação aos da zona urbana) se justifica porque os estudantes estão dispersos nos assentamentos e não há um único ponto de concentração de embarque e desembarque como na praça central.

Uma exceção é o Capão Bonito, onde há uma linha que percorre 50 quilômetros para trazer aproximadamente 30 alunos dos três assentamentos Capão Bonito, São Pedro, Geraldo Garcia, Santa Lucia e Vacaria.

A expectativa é de que em algumas regiões da zona rural os estudantes se organizem e eles próprios fretem um ônibus específico para atender quem mora no entorno. Este caso, por exemplo, do Eldorado onde há vários núcleos de assentados, alguns a mais de 70 quilômetros do centro da cidade, como o Alambari, João Batista.