Um argentino presente em uma lista negra por seu envolvimento em atos de violência em jogos de futebol foi deportado horas depois de chegar ao Brasil na segunda-feira, enquanto o país reforça sua segurança às vésperas da Copa do Mundo, disse um porta-voz da Polícia Federal nesta terça-feira.

O homem, de 45 anos, está em uma lista fornecida pelas autoridades argentinas com mais de 2 mil membros de torcidas conhecidos como “barras bravas”, conhecidos por sua violência na Argentina.

“Ele chegou ao Aeroporto de Guarulhos perto das 9 horas de segunda-feira e foi mandado de volta à Argentina perto das 10 horas”, informou o porta-voz à Reuters. “Foi o primeiro caso que tivemos até agora.”

Mais de 50 mil torcedores argentinos são esperados no país para a Copa, muitos cruzando a fronteira em carros e ônibus.

Embora incidentes fatais sejam raros em Copas, os “barras bravas” têm um histórico de violência, do esfaqueamento de torcedores ingleses no México em 1986 a lutas entre si durante o último Mundial, na África do Sul, quatro anos atrás.

A Polícia Federal não quis identificar o argentino deportado, mas a mídia disse que seu nome é Daniel Atardo e que ele pertence à torcida do clube Rosário Central. Ele estava acompanhado de uma mulher cujo nome não estava na lista e seu destino era o Rio de Janeiro, disse a polícia.