A TIM foi a operadora que teve pior desempenho na banda larga móvel na avaliação de dezembro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira. Dos 15 Estados avaliados mais o Distrito Federal, a operadora ficou abaixo das metas de velocidade instantânea e/ou média da banda larga móvel em 12 Estados em dezembro, enquanto a Vivo ficou abaixo da meta em ao menos um quesito em oito Estados, Oi em sete Estados e a Claro, em quatro.

Em São Paulo, apenas a TIM ficou abaixo da meta estabelecida pela Anatel no quesito velocidade instantânea da banda larga móvel, enquanto as concorrentes Claro, Algar Telecom, Nextel, Oi e Vivo atingiram as metas da agência de velocidade instantânea e média de 95% e 70%, respectivamente. No Rio de Janeiro, a Claro ficou abaixo da meta nos dois quesitos, enquanto TIM e Vivo não atingiram o objetivo de 95 por cento de velocidade instantânea.

Na medição que avaliou o serviço de banda larga fixa das operadoras, Algar Telecom, NET e Vivo ficaram abaixo da meta da Anatel em São Paulo em perda de pacotes e/ou disponibilidade, enquanto a GVT atingiu todas as metas estabelecidas pela agência em dezembro. No Rio de Janeiro, apenas a Oi ficou abaixo da meta de 90 por cento no quesito disponibilidade, enquanto NET e GVT atingiram todas as metas definidas pela Anatel.

Procuradas, Oi e Claro não se pronunciaram. A TIM disse que acompanha a medição da banda larga móvel realizada pela Anatel e que está atenta às oportunidades de melhoria verificadas. A operadora também afirmou que está priorizando a qualidade dos serviços e investindo fortemente em projetos de . Já a Vivo disse que é a única operadora a oferecer planos com velocidade de 1,5 Mbps no produto 3G Plus – portanto, com entrega de velocidade superior aos planos da concorrência – e, por isso, tem parte de suas medições realizadas com uma referência mais alta que as demais empresas.

Proteste

Pouco antes da divulgação dos resultados da medição, a associação de consumidores Proteste publicou nota em que criticou o serviço de banda larga móvel oferecido pelas operadoras. “As falhas no sinal do 3G e a velocidade inferior à contratada, com prejuízos à utilização do serviço, levou a Proteste a promover campanha desde o ano passado, quando teve mais de 40 mil adesões de usuários prejudicados com a má qualidade do serviço prestado”, disse a entidade. “Os resultados de levantamento feito pela Proteste mostram que o serviço não é adequado e é muito difícil ter uma conexão de alta velocidade fora das principais cidades brasileiras.”