O STF (Supremo Tribunal Federal) colocou na pauta de julgamentos da quinta-feira (27) da próxima semana uma questão de ordem sobre se o julgamento da ação penal 536, o chamado mensalão mineiro, será mantido no Supremo ou se será enviado para a primeira instância.

O ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é réu na ação penal por participação no esquema de corrupção. Azeredo perdeu, em tese, o foro privilegiado com a renúncia ao mandado de parlamentar.

Azeredo é o principal réu mensalão mineiro. O tucano é acusado de ter participado de um esquema de corrupção, operado pela agência SMP&B, do ex-publicitário Marcos Valério, o mesmo do mensalão petista, para o desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral do PSDB em 1998, quando o tucano era governador, tentou a reeleição e perdeu a disputa para o ex-presidente Itamar Franco.

O ex-deputado nega que tenha responsabilidade no esquema.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF que Azeredo seja condenado a 22 anos de prisão por lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público).