Você já se perguntou o que acontece com o candidato que cometer um erro na inscrição de sua candidatura?

Foi o que aconteceu com João Carlos de Souza, candidato a deputado federal pelo PSC em São Paulo. Em sua segunda eleição, João Carlos foi inscrito pelo partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tendo o número 2 como seu nome de urna. João virou o 2.

Em entrevista ao Terra, o próprio candidato se surpreendeu. “Não tem apelido, não. Houve algum equívoco”, disse João Carlos.

Mas o seu João não tem motivo para se preocupar. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), o candidato ainda pode alterar os dados cadastrais. Basta que o partido ao qual o candidato é filiado faça a solicitação junto ao próprio tribunal.

E mesmo que a legenda não solicite a alteração, o candidato ainda tem uma última chance de mudar o cadastro. Trata-se do VVFoto, uma cerimônia na qual o próprio candidato confere pela última vez sua inscrição antes que ela seja “fechada”. Segundo o TRE-SP, a legislação eleitoral de 2013 marcou o VVFoto de 2014 para 1º de setembro.

Aos 57 anos, o pernambucano João Carlos é cego, vítima de “um acidente, uma explosão”. Atualmente, o “vendedor pracista, representante, caixeiro-viajante e assemelhados” – conforme descrição do site do TSE – é camelô, com uma barraca de brinquedos na Galeria Pagé, tradicional ponto de comércio popular no centro de São Paulo.

Questionado a respeito da plataforma de campanha, João Paulo criticou os impostos. “Meu querido, meu objetivo é o seguinte: cortar o ICMS da água e da luz. Você paga 50 paus de luz, e quase metade é ICMS. A agua é a mesma coisa. Isso não existe”, diz.

Com uma candidatura tão peculiar, João Carlos garante que o número com o qual concorrerá (2051) foi escolhido de maneira aleatória. “Eu tive por opção. O (número do) partido é 20, e eles têm um telefone é que prefixo 3051 (no diretório de São Paulo). Pensei: vou pegar o 20, juntar e fazer minha chapa”, explicou.