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Reconhecimento de “Estado judaico” é novo entrave no processo de paz

Quando as negociações de paz entre israelenses e palestinos foram retomadas, em julho passado, todos imaginavam que os principais empecilhos seriam, como sempre, as questões relativas a segurança, fronteiras, o status de Jerusalém e o drama dos refugiados. Parece que todos estavam errados. Enquanto os Estados Unidos tentam a todo custo instituir um marco preliminar […]
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Quando as negociações de paz entre israelenses e palestinos foram retomadas, em julho passado, todos imaginavam que os principais empecilhos seriam, como sempre, as questões relativas a segurança, fronteiras, o status de Jerusalém e o drama dos refugiados.

Parece que todos estavam errados.

Enquanto os Estados Unidos tentam a todo custo instituir um marco preliminar para que as negociações possam continuar além do prazo final previsto de abril, surge um obstáculo inesperado –a firme exigência dos israelenses de serem reconhecidos como um Estado especificamente judaico, uma ideia terminantemente rejeitada pelos palestinos.

Embora todas as velhas questões tangíveis permaneçam sem solução, de repente uma disputa conceitual –envolta em muita história e recriminações mútuas– ganha relevância.

Durante visita aos EUA nesta semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjanin Netanyahu, disse repetidamente que, para haver paz na região, é preciso que os palestinos reconheçam Israel, o que estaria no âmago de um conflito que se arrasta há várias gerações.

“Assim como Israel está preparado para reconhecer um Estado palestino, os palestinos precisam estar preparados para reconhecer um Estado judaico”, disse Netanyahu na terça-feira.

“Ao reconhecer um Estado judaico, vocês finalmente deixariam claro que estão realmente preparados para encerrar o conflito. Então reconheçam o Estado judaico, sem desculpas, sem demoras, está na hora”, disse ele à entidade pró-Israel Aipac.

Os Estados Unidos tem endossado a posição israelense, mas os palestinos dizem que uma concessão nesse quesito colocaria em risco os direitos da considerável minoria árabe de Israel.

“Isso é como dizer aos palestinos que eles não existiram durante todas essas centenas e milhares de anos, que esta historicamente foi uma terra judaica”, disse Hanan Ashrawi, dirigente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, diz que a OLP já fez uma grande concessão em 1993, quando reconheceu o direito de Israel a existir e admitiu que a própria Palestina deveria ser constituída em territórios ocupados por Israel na guerra de 1967 –o que representa apenas 22 por cento do território britânico da Palestina que exigiu até 1948.

Os dirigentes palestinos acusam Netanyahu de ter lançado um obstáculo propositadamente insuperável para tentar se esquivar da culpa pelo eventual fracasso nas negociações.

“O pedido de Netanyahu para (o reconhecimento de) um Estado judeu é apenas perda de tempo, que serve para se esquivar de uma paz verdadeira e justa”, disse Nabil Abu Rdeineh, porta-voz de Abbas, em resposta ao discurso de Netanyahu na Aipac.

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