O promotor do trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes realizou nova visita ao aterro sanitátio Dom Antônio Barbosa II na tarde desta sexta-feira (11), para averificar se todos os itens do Termo Ajuste de Conduta (TAC) foram cumpridos pela empresa de limpeza urbana CG Solurb. O lixão foi reaberto no dia 9 de junho com a promessa das adaptações, caso ao contrário, não poderiam voltar ao funcionamento.

Na última reunião foram apontados como problemas o fornecimento de EPI (Equipamento de Proteção Individual), o fornecimento de água potável, a limpeza do centro de vivência, os banheiros, o acesso de menores de 18 anos e o controle de entrada dos funcionários. Um mês depois, as questões estão aparentemente resolvidas. “Esta é a terceira vez que venho aqui e o avanço é visível, ainda assim está longe do ideal,o que temos aqui é situação tolerável”, afirmou o promotor do trabalho.

Hoje, todos os catadores possuem credenciais e equipamentos de segurança, no espaço de vivência, agora sem lixo, três mesas de concreto com bancos no mesmo estilo são destinados ao descanso dos trabalhadores, duas torneiras com água tratada e seis banheiros em cima de uma base cimentada, sendo três femininos e três masculinos, melhoram a situação do lugar.

“Depois da última reunião, que o lixão reabriu, as coisas melhoraram quase 100%, antes estavam bem ruins”, comemora a catadora que trabalha há 10 anos no local, Rudineia Soares, de 29 anos.

Segundo o promotor, as adaptações dos itens são para “preservar a segurança e a vida dos catadores, já que o lixão não é um local adequado para o ser humano, tentamos oferecer o mínimo de segurança”. Ele resalta que o aterro é mantido apenas pela necessidade de sustento das famílias que trabalham ali e que a situação é provisória, já que até janeiro de 2015 a Usina de Triagem e Reciclagem (UTR) deve ser entregue, com o funcionamento previsto para março.

A perícia do local ainda não tem data para ser divulgada.

Lixo Hospitalar

Mesmo com as melhoras, o lixão ainda é um lugar perigoso para se trabalhar, entre os objetos, além de vidros e outros materiais que oferecem risco, seringas e agulhas de uso hospitalar são encontradas.

De acordo com o responsável pelo aterro, Gustavo Pitaluga, este tipo de material é proveniente de residências que utilizam medicamentos com ajuda de seringas e descartam no lixo comum. “Quando é assim não coseguimos separar antes, ai acaba vindo para cá”, explica.

Liberado

Atendendo ao pedido dos próprios catadores, o promotor dispensou o uso de um dos equipamentos de segurança, conhecido como Mangote, usado nos braços e que segundo os trabalhadores atrapalhava no procedimento de separação do lixo.

Após algumas reclamações e dúvidas com relação aos equipamentos, foi garantida total responsabilidade da empresa para fornecer luvas, botas e demais EPIs.