Prefeito pede que terceirizados voltem ao trabalho e marca nova reunião para a tarde

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, deve reunir-se novamente, às 17h desta segunda-feira (12), com representantes dos trabalhadores terceirizados dos Ceinfs (Centros de Educação Infantil). No encontro de agora cedo, não houve encaminhamentos que levassem ao fim da paralisação da categoria. Durante a reunião da manhã, o prefeito pediu que a paralisação fosse encerrada […]

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O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, deve reunir-se novamente, às 17h desta segunda-feira (12), com representantes dos trabalhadores terceirizados dos Ceinfs (Centros de Educação Infantil). No encontro de agora cedo, não houve encaminhamentos que levassem ao fim da paralisação da categoria.

Durante a reunião da manhã, o prefeito pediu que a paralisação fosse encerrada enquanto as negociações avançam, mantendo o canal de diálogo com a prefeitura. “Se não voltarem ao trabalho, vamos entender que não querem negociar”, disse Olarte.

O chefe do Executivo municipal disse a uma comissão de trabalhadores que a prefeitura sofreu queda na receita. Por conta disso, a ideia é reunir sua equipe de gestão, fazer novos cálculos e tentar chegar a um consenso com os terceirizados.

A prefeitura concedeu reajuste linear de 8% aos servidores municipais. Os terceirizados dos Ceinfs rejeitam esta proposta e pedem 20%, mais a redução da jornada diária de trabalho das atuais oito para seis horas.

Sobre o expediente, o prefeito sugeriu que seja feita, inicialmente, uma redução para sete horas, progredindo, após um período de organização, para seis. Por enquanto, os trabalhadores não falam em encerrar a paralisação.

Mais cedo, o secretário municipal de Administração, Valtemir Alves de Brito, disse, também, que a prefeitura não irá fugir do diálogo com a categoria. Ressaltou ainda que as contratações deste corpo de funcionários não é feita pelo município, mas pela Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) e a Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária).

Procuradas pela reportagem, as duas entidades ainda não se manifestaram sobre a paralisação dos terceirizados. Enquanto isso, cerca de 300 pessoas estão em frente à sede da prefeitura, onde dizem que vão permanecer até a tarde.

Aparecida Dutra Rocha, 52 anos, trabalha no Ceinf Itamaracá e foi uma das integrantes da comissão que conversou com o prefeito pela manhã. Ela disse que a categoria não aceita menos que 15% de reajuste, além da redução da carga horária, e apontou inflexibilidade da prefeitura na negociação.

“Estamos trabalhando para tentar melhorar e buscando acrescentar um aumento considerável para a categoria”, disse o prefeito. Ele espera encerrar as negociações – e consequentemente a paralisação – ainda hoje.

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