Apesar de a Justiça ter determinado o despejo dos vereadores até 24 de abril deste ano, o líder do prefeito, Alex do PT, afirma que a Câmara Municipal de Campo Grande poderá permanecer no mesmo endereço por mais dois anos, até a adequação de um local para receber os parlamentares.
Ele defende o pagamento dos aluguéis atrasados e a formalização de um novo contrato com a Haddad Engenheiros Associados Ltda., proprietária do prédio de 3.097 m² de área construída.
Alex disse ainda que a retomada do processo de cassação do prefeito Alcides Bernal pode atrapalhar ainda mais a construção de uma solução para os vereadores, mas garante que não se trata de uma retaliação contra os parlamentares. “Não é culpa do Bernal, é mais um problema que ele herdou. Estourou no colo dele”, afirmou.
Para o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), caso Bernal não encontre uma solução estará cometendo um “crime político”. “Não sou eu que estou dizendo, está na legislação. É responsabilidade do prefeito”, disse.
Há anos, Câmara e proprietária do imóvel travam uma batalha por conta do valor do aluguel, que era de R$ 35 mil. O Ministério Público entendeu que a cobrança era abusiva e pediu à Justiça que revisasse o acordo. Mas a redução no valor para R$ 11 mil, decidida pelo Poder Judiciário, não foi aceita pela Haddad.
Após vários adiamentos, a Justiça decidiu, no dia 19 de fevereiro de 2013 pelo despejo dos vereadores do prédio onde funciona a Câmara Municipal. O Legislativo ainda ganhou um prazo de seis meses a contar da publicação do acórdão.