O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse neste sábado em entrevista ao RJTV que a cidade não tem condições de pagar o valor pedido pelos garis em greve. Célio Viana, representante dos grevistas, afirma que os garis querem R$ 1,2 mil e 40% de insalubridade. A proposta atual é R$ 874, um aumento de 9%, que, com o adicional de insalubridade, deixaria o piso para um gari iniciante em R$ 1.224.

“Eu acho até que tem que ganhar mais de R$ 1,2 mil”, diz o prefeito ao lembrar do piso e do adicional de insalubridade. “Eu gostaria de pagar R$ 5 mil (…). Quem não tem condições (de pagar o valor) é a cidade. “

Paes diz que a “absoluta maioria” dos garis está trabalhando, mas os grevistas estão coagindo os que não estão parados. O prefeito diz sentir um “certo tom” de chantagem, covardia e até de política (ele afirma que o líder da paralisação é filiado ao PR), já que a greve começou no Carnaval.

Os grevistas afirmam que não estão representados pelo sindicato, mas que esperam que este se una ao diálogo. “Se eles têm uma briga, eles têm que se esforçar, participar da eleição no sindicato e ganhar. A cidade é que não pode ser refém”, diz o prefeito, que chamou o movimento de “motim”.