Os servidores do HU (Hospital Universitário de Mato Grosso do Sul) continuam em greve por tempo indeterminado desde segunda-feira (15) em reivindicação ao pagamento de plantões atrasados.

A reitoria da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) encaminhou um ofício ao Ministério da Educação. Segundo o coordenador do Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de MS), Lucivaldo Alves dos Santos, o Ministério disse que o documento foi encaminhado ao Ministério do Planejamento que irá resolver a questão.

São cerca de 200 enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares, nutricionistas, motoristas e funcionários do setor de serviços gerais e laboratório que cruzaram os braços pelo não recebimento dos plantões atrasados desde dezembro de 2013.

Com a greve dos servidores os pacientes do setor de espirometria, departamento que realiza os exames de pulmão, é um dos mais prejudicados. De acordo com um paciente, sem os funcionários para realizar os exames fica difícil fazer o acompanhamento das doenças relacionadas ao pulmão.

O paciente disse ainda que como o exame tem que ser feito de seis em seis meses muitas pessoas estão sendo prejudicada. “Eu sei que é um direito deles cobrar pelo trabalho que eles fizeram, mas não podem se esquecer dos pacientes que precisam fazer o exame que avalia o efeito do tratamento médico da doença”, ressalta.

Ele disse que as pessoas que sofrem com asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), bronquite, bronquiectasia, enfisema, fibrose cística, sarcoidose ou fibrose pulmonar precisa fazer o exame de espirômetro a cada semestre.

O paciente ressaltou ainda que se a greve perdurar por muitos dias muitas pessoas ficarão prejudicadas. “Quem procurar o HU é porque recebe o tratamento pelo SUS e não tem condições de pagar o exame particular, agora se a greve demorar muitos dias como vamos acompanhar o quadro de cada doença. Vai ficar muito complicado.”, adverte.

Ainda segundo o coordenador da Sista, a resposta do Ministério do Planejamento era para sair na manhã desta terça-feira (16), mas até o momento nenhum retorno foi dado aos servidores. “Vamos continuar com a greve por tempo indeterminado até o Governo Federal resolver o problema dos plantões que não foram pagos, enquanto a situação não se normaliza apenas 50% do efetivo está trabalhando”, finaliza.