Orçamento operacional da Olimpíada de 2016 sobe para R$ 7 bi

O comitê organizador Rio 2016 anunciou na tarde desta quinta-feira que o orçamento operacional para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro será de R$ 7 bilhões. Ou seja: 25% a mais do que havia informado no dossiê de candidatura em 2008, quando o valor era de R$ 5,6 bilhões. De acordo com o comitê, os recursos chegarão por meio de patrocínios privados, venda de ingressos, licenciamento e do repasse de verbas do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Ao ser indagado sobre o repasse público que constava no dossiê de candidatura, no valor de R$ 1,4 bilhões (o restante, R$ 4,2 bilhões, seria dinheiro privado), o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, afirmou que não será mais necessário usar esse recurso. Segundo ele, todo o dinheiro gasto será de recursos privados, mas não informou a origem. A promessa é de que isso aconteça na próxima semana, quando será anunciada a Matriz de Responsabilidades pela APO (Autoridade Pública Olímpica).

A justificativa é pela entrada de quatro modalidades esportivas: rúgbi, golfe, paracanoagem e paratriatlo. Além da evolução tecnológica, exigências de novas legislações, crescimento médio dos salários no Brasil, entre outras questões.

Levy disse que o aumento aconteceu por conta do aumento de despesas. As competições de golfe e rúgbi no orçamento, por exemplo, não estavam previstas quando o Rio se candidatou a sede da Olimpíada. Levy complementou que os custos serão compensados pelo aumento de receitas com ingressos ou patrocínios.

Nuzman fez questão de ressaltar que o orçamento do Comitê Rio 2016 ( com as operações dos Jogos com tecnologia, esportes e cerimônias, serviços dos Jogos,…) será 30% menor do que o do Comitê Organizador dos Jogos de Londres 2012. Mas Levy afirmou que os custos podem aumentar ainda mais.