Nave Soyuz aterrissa no Cazaquistão com 3 tripulantes da ISS
Três astronautas da Expedição 39 chegaram nesta terça-feira com sucesso à Terra após seis meses de missão na Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) a bordo de uma nave russa Soyuz TMA-11M, informou a Nasa em seu site. Os três tripulantes são o japonês Koichi Wakata, o russo Mikhail Tyurin e o americano Rick […]
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Três astronautas da Expedição 39 chegaram nesta terça-feira com sucesso à Terra após seis meses de missão na Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) a bordo de uma nave russa Soyuz TMA-11M, informou a Nasa em seu site.
Os três tripulantes são o japonês Koichi Wakata, o russo Mikhail Tyurin e o americano Rick Mastracchio e aterrissaram nas estepes do Cazaquistão exatamente no horário previsto, às 22h58 (de Brasília) desta terça-feira, após partir da ISS às 19h36.
Os astronautas estavam em missão na ISS desde 7 de novembro do ano passado e serão substituídos pela Expedição 40, integrada pelos cosmonautas russos Alexander Skvortsov e Oleg Artemyev e o astronauta americano Steve Swanson, que chegaram no laboratório orbital no dia 27 de março.
A Expedição 39 voltou à Terra após 188 dias no espaço, nos quais acumulou mais de 79 milhões de milhas (127 milhões de quilômetros) e mais de 3 mil voltas na Terra.
A aterrissagem aconteceu sem complicações no sudeste de Dzhezkazgan, nas estepes do Cazaquistão, e equipes russas e americanas chegaram imediatamente em helicóptero para atender à tripulação e fazer os exames médicos.
Os membros da Expedição 40 operarão a ISS até a chegada dos outros três integrantes da equipe no dia 28 de maio: o americano Reid Wiseman, o russo Max Suraev e o alemão Alexander Gerst, da Agência Espacial Europeia.
Os três astronautas, que se preparam agora em Star City (Rússia), voarão até a base de Baikonur, no Cazaquistão, para os últimos preparativos de sua missão para partir rumo à ISS no fim de mês.
O retorno à Terra da Expedição 39 coincidiu com o anúncio da Rússia de que não manterá sua participação na ISS a partir de 2020, uma notícia que representa um revés na colaboração espacial entre Moscou e Washington após a Guerra Fria.
Em abril, a Nasa congelou toda as suas interações com a Rússia, exceto na ISS, pela crise na Ucrânia, que desencadeou a intervenção e posterior anexação russa da península da Crimeia.
Essa suspensão afeta todas as viagens à Rússia de funcionários da Nasa, além das visitas das equipes da agência espacial russa às instalações americanas, os encontros bilaterais, e-mails, e videoconferências. Até então, a cooperação espacial entre russos e americanos era considerada uma demonstração da parceria que superava as tensões políticas entre os governos de ambos os países.
A Rússia assumiu em 2008 o transporte dos astronautas americanos para o espaço e, em 21 de julho de 2011, a Nasa encerrou os voos de suas naves, com o último lançamento do ônibus espacial Atlantis. Desde então, os russos são os únicos responsáveis pelos trabalhos de abastecimento da ISS e as naves Soyuz são a única ligação entre a Terra e a plataforma espacial.
A Rússia, que foi submetida a sanções dos Estados Unidos e da União Europeia por seu papel na crise ucraniana, não tem intenção de prolongar o uso da ISS após 2020, a data estipulada com a Nasa e a europeia ESA.
A Estação Espacial Internacional é um projeto de mais de US$ 100 bilhões, orbita a Terra a uma distância de entre 335 e 460 quilômetros, pesa mais de 450 toneladas, se desloca a cerca de 27 mil km/h, teve residentes de forma contínua desde 2000 e nela participam 16 nações.
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