Pular para o conteúdo
Geral

Nas ruas da Capital, população comenta gestos de corrupção comuns entre brasileiros

Campanha da CGU faz sucesso nas redes sociais ao mostrar a 'corrupção nossa de cada dia'. Em Campo Grande, a reportagem foi às ruas perguntar: você é corrupto?
Arquivo -

Campanha da CGU faz sucesso nas redes sociais ao mostrar a ‘corrupção nossa de cada dia’. Em Campo Grande, a reportagem foi às ruas perguntar: você é corrupto?

Em qualquer roda que for pronunciada a palavra corrupção logo a conversa vai descambar para a política e não vão faltar pessoas que gritam aos quatro ventos que político fulano é ladrão, que beltrano fez isso e que sicrano aquilo. Mas, qual é o nosso papel diante de tudo isso? Como cada cidadão contribui para acabar com a corrupção no Brasil, ou até mesmo para perpetuá-la?

Pode parecer exagero, mas uma campanha da Controladoria Geral da União (CGU) que viralizou no Facebook mostra que o buraco é muito mais embaixo e que apenas atitudes consideradas por muitos como aceitáveis também são atos corruptos.

A ideia da campanha (da imagem ilustrada na matéria) é exatamente mostrar as pessoas que é preciso todos se ligarem que pequenas atos ilícitos são tão graves quanto os grandes, o que muda é o poder que cada um tem na mão, a atitude, no fim é a mesma.

O publicitário Nicanor Benites, de 67 anos, acredita que furar fila, dar troco errado, falsificar atestados médicos, como outras atitudes imorais é tão grave quanto roubar uma dinheirama de recursos públicos.

Para ele, o que muda é a chance que cada um tem de enfiar a grana no bolso. “É praticamente a mesma coisa. Começa tudo por aí. Roubar muito ou roubar pouco não tem diferença. Quem pode mais rouba mais. O crime é o mesmo”, salienta.

A vendedora ambulante Neusa Maria dos Santos, de 54 anos, que há 32 anos trabalha pelas ruas de Campo Grande concorda. “Lógico que é a mesma coisa. Devolver um troco errado. Enganar. Tentar subornar. É tudo igual. Já recebi nota de R$ 100, como se fosse de R$ 2. Devolvi na hora. Não tem essa, não”, pontua.

Neusa Maria lembra que infelizmente muita gente tem a cultura de querer ganhar vantagem e não consegue ver que no fim o comportamento é o mesmo. “Tem coisa que não é só corrupção, é sacanagem mesmo. Sem-vergonhice”, diz.

O estudante de Jonathan de Almeida, de 19 anos, já não vê as coisas da mesma forma. Ele acredita que pequenos atos ilícitos não podem ser comparados a roubalheira dos políticos, porque quando se trata de dinheiro público muitas pessoas são afetadas. O que não ocorre em casos isolados.

De , a estudante Mariana dos Reis, de 18 anos, diz que não pensa muito sobre o assunto, já que para ela, agir de forma correta é automático. “Aprendi o que é certo e faço assim”, diz, mas confessa que quando pequena fez coisas erradas como colar em prova e hoje já não faz mais.

A campanha pode ser visualizada na fanpage da CGU, acesse por aqui.

Na luta por mais transparência

Entrou em vigor no último dia 29 a lei que responsabiliza a pessoa jurídica por atos lesivos à administração pública nacional e estrangeira (Lei nº 12.846/2012). Chamada informalmente de Lei Anticorrupção, esse é mais um grande passo no combate à corrupção no Brasil, pois pune de forma severa um dos grandes responsáveis e que, até então, só era atingido de forma indireta: o corruptor.

Pela nova lei, as empresas poderão ser punidas com multas de até 20% do seu faturamento bruto ou R$ 60 milhões, quando não for possível calculá-lo. Na esfera judicial, as sanções incluem o perdimento dos bens e até a dissolução compulsória da empresa.

Além do componente punitivo como instrumento inibidor da corrupção, a lei inova ao estabelecer incentivos para a conduta ética e íntegra por parte das empresas. Aquelas que comprovadamente investirem em boas práticas, especialmente nas transações com o setor público, caso venham a ser responsabilizadas, podem ter a multa reduzida substancialmente. (Com informações de O Globo)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

ONU: Trump exige libertação de reféns pelo Hamas em Gaza para guerra acabar

Acusado de matar homem em bar é condenado a 6 anos de reclusão em regime fechado

Trump declara apoio à reeleição de Milei

Diretoria de Controle Externo do TCE-MS fez cobrança sobre divulgação de custos públicos (Divulgação)

TCE-MS ainda não foi intimado sobre decisão judicial que suspende concurso

Notícias mais lidas agora

Primo de Beto Pereira, Joaci é réu por fraudes no Detran-MS junto com David, que tenta delatar políticos do PSDB (Montagem: Henrique Arakaki e Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax / detalhe Joaci, Divulgação)

Testemunhas da corrupção no Detran-MS envolvendo primo de Beto Pereira são ouvidas na Justiça

cimi

VÍDEO: Indígenas e policiais entram em conflito em aldeia de Caarapó

Ofensiva contra o PCC desarticula célula de facção em MS e bloqueia mais de R$ 290 milhões

Último dia para inscrições nas seleções das prefeituras de Camapuã e Caracol

Últimas Notícias

Cotidiano

Em combate ao mosquito da dengue, fumacê é reforçado no Bairro Nova Lima nesta terça

Trajeto terá início no cruzamento das ruas Francisco Pereira Coutinho e Venâncio Aires

Brasil

PE: jovem é morta com 60 facada por namorado

Homem confessou o crime em depoimento na delegacia

Publieditorial

Fisioterapia da rede hospitalar Cassems se consolida como referência no MS

Presente em 5 hospitais da rede, o serviço alia equipamentos modernos, tecnologias de ponta e profissionais altamente capacitados realizou 57 mil atendimentos em 2024

Brasil

Conselho de Ética abre processo contra Eduardo Bolsonaro

Há pelo menos quatro processos contra Eduardo em tramitação no Conselho de Ética