entenas de milhares de judeus ultra-ortodoxos promoveram uma protesto em Jerusalém neste domingo contra uma proposta de lei contra as dispensas do serviço militar em sua comunidade, o que encerraria uma tradição mantida desde a fundação de Israel.

Líderes ultra-ortodoxos pediram para homens, mulheres e crianças participarem do protesto contra a nova legislação que encerra dispensas de serviço militar para estudantes seminaristas e que deve ser aprovada nas próximas semanas.

A questão está no centro de um debate caloroso no país. A maior parte dos israelenses, homens e mulheres, são convocados para o serviço militar quando fazem 18 anos de idade, mas a maior parte dos judeus ultra-ortodoxos, ou “haredim”, são dispensados.

A polícia afirmou que centenas de milhares participaram do protesto, promovido sob a forma de uma grande reza. A mídia israelense estimou que entre 250 mil e 400 mil pessoas participaram do protesto.

A manifestação paralisou partes de Jerusalém, bloqueou a entrada principal da cidade e interrompeu o transporte público.

“Queremos mostrar que estamos unidos e que queremos parar essa medida ruim que estão tentando nos impor. O exército não é nosso modo de vida. Não é administrado por nossos rabinos”, disse Mordechai Stelzer, de 18 anos.

Os haredim afirmam que o estudo das escrituras sagradas é a fundação da vida judia e que os estudiosos têm o direito de devotarem-se em tempo integral para a tradição.