Mato Grosso do Sul sabe qual é seu deficit habitacional e que não poderá zerá-lo, mas já sabe quantas casas populares deverá construir até 2023. Estes são alguns dos pontos sinalizados no Plano Estadual de Habitação, apresentado hoje pelo governo do Estado.

Para zerar o deficit, segundo a coordenadora do projeto, Maria Teresa Palerma, seria necessário erguer 242 mil moradias até 2023, a um custo total de R$ 6,2 bilhões. No entanto, os projetos já aprovados pela Superintendência Estadual de Habitação asseguram a construção de 194 mil unidades neste período, totalizando investimentos de R$ 4,8 bilhões.

O Plano Estadual de Habitação é resultado de estudos feitos ao longo de quatro anos, explica a coordenadora. O secretário estadual de Habitação, Carlos Marun, analisa que o Estado não tem como zerar o deficit habitacional, principalmente em função do crescimento econômico, que traz a reboque o aumento da população e a natural necessidade de mais moradias.

Também consta no Plano Estadual de Habitação informações sobre regiões prioritárias neste setor, como favelas e comunidades que vivem em áreas de risco. Marun cita Dourados como uma localidade preocupante, onde o sistema por sorteio impede que sejam traçadas prioridades.

Sem detalhar números, Maria Teresa Palerma destacou que a meta prevista para o período de 2012 a 2015, por exemplo, de construir 60 mil unidades habitacionais, está perto de ser atingida. Ainda segundo ela, o volume de recursos direcionado à habitação tem aumentado em quantidade superior a 1%, mínimo estabelecido pela legislação.