Os moradores do bairro Guanandi II, região sul de Campo Grande, reclamam que a prefeitura tem feito corte apenas na parte da frente do Parque Ecológico Anhanduí, na avenida Ernesto Geisel,  para disfarçar o matagal que está nas calçadas ao redor do local. “As ruas de trás ficam sem limpar”, afirma a servidora pública, Stefani Martins, 28 anos.

Nas outras ruas, o matagal tem tomado conta das calçadas do parque, além disto, em vários trechos as grades estão quebradas, facilitando a saída de animais da reserva para rua e adentraram residências próximas. “Já encontrei dois Tiús (lagarto) dentro da minha casa”, afirma.

Apesar dos sustos o parque é bem visto pelos moradores. “O pessoal faz caminhada aí todo fim de tarde. Só não tem feito mais, por causa da situação em que se encontra o parque. Inclusive, usuários de drogas aproveitam o local”, relata o vigilante João Joaquim, 31 anos, que mora em frete ao local.

Conforme o vigilante, a população já fez diversas solicitações para que o local fosse limpo, mas nenhuma foi atendida. “Estas grades ele já disseram que iam arrumar, mas nada até agora”, afirma.

Por toda cidade

A falta de corte do mato em Campo Grande, não tem atingido apenas o Parque Ecológico do Anhanduí. Escolas, canteiros e cemitérios tem sido alvo da falta de manutenção. A situação de locais públicos como a Praça do Papa, no bairro Lar do Trabalhador, Escola Municipal Danda Nunes, no bairro Vivendas do Bosque, e o Cemitério Santo Antônio, na Vila Santa Dorothéia, foram relatadas pela reportagem do Midiamax.

A assessoria de imprensa da prefeitura afirma que a programação de manutenção é divulgada diariamente pela internet e o corte tem ocorrido normalmente, mas que a chuvas tem colaborado para o crescimento do mato.