O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (7) que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). A decisão foi motivada por pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com o ministro, Bethlem será investigado pelos crimes de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O parlamentar é acusado de receber dinheiro para beneficiar a organização não governamental (ONG) Casa Espírita Tesloo, entre 2010 e 2012, quando ocupava o cargo de secretário de Desenvolvimento Social na prefeitura do Rio de Janeiro.

De acordo com gravações feitas em 2011 pela ex-mulher do deputado, Vanessa Felippe, Bethlem conta que tinha receita de R$ 100 mil por mês, dos quais “em torno de uns R$ 65 mil a R$ 70 mil” eram resultado de convênios com uma ONG que fazia o cadastro de famílias em programas sociais. Ainda de acordo com os registros, mais R$ 15 mil vinham de uma empresa que fornecia refeições para ONGs.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria do deputado, no Rio de Janeiro, não quis comentar a decisão do ministro Gilmar Mendes.