Milhares de manifestantes marcharam hoje (5) pelas ruas da capital tailandesa, Bangcoc para pedir a demissão do governo interino da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra e o cancelamento das eleições previstas para 2 de fevereiro.

Liderada por Suthep Thaugsuban, ex-vice-primeiro-ministro do governo do Partido Democrata (2008-2011), a marcha ganhou a adesão de centenas de moradores, munidos de bandeiras da Tailândia.

Diversas mobilizações idênticas foram convocadas para serem feitas até segunda-feira (13), por parte do Comitê Popular para a Reforma Democrática, organizador do movimento quando pretendem bloquear as principais vias da capital.

O Partido Democrata, principal força da oposição tem apelado ao boicote às eleições, não tendo apresentado candidatos ao pleito, previsto para o dia 2 de fevereiro.

Suthep Thaugsuban exige que seja criado um conselho não eleito que implemente reformas antes da realização das eleições para acabar com o que designa de regime de Thaksin, em referência ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão da atual chefe de governo, acusado de governar o país a partir do exílio e de ter corrompido o sistema político.

A primeira-ministra insistiu hoje que as eleições “não são uma panaceia, mas que se afiguram como o melhor remédio para resolver os problemas num sistema democrático”.

Yingluck Shinawatra afirmou que os protestos obrigaram o cancelamento de voos por turistas que pretendiam visitar a Tailândia e alertou que novas manifestações podem prejudicar ainda mais a economia do país.

Os protestos iniciados em outubro e que se intensificaram em novembro com a ocupação de vários ministérios, provocaram pelo menos oito mortos em Bangoc, ao resultarem em violentos confrontos envolvendo o uso de balas de borracha, gás lacrimogêneo, bem como canhões de água.