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Médicos explicam que não havia tempo para Belfort lutar “limpo”

A saída de Vitor Belfort do UFC 173 não foi bem recebida pelo público em geral. Ele foi chamado de “medroso” por não enfrentar Chris Weidman sem o uso do tratamento de reposição de testosterona (TRT). Porém, existe um motivo simples para Belfort ficar de fora de combate: não haveria tempo para ele estar com […]
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A saída de Vitor Belfort do UFC 173 não foi bem recebida pelo público em geral. Ele foi chamado de “medroso” por não enfrentar Chris Weidman sem o uso do tratamento de reposição de testosterona (TRT). Porém, existe um motivo simples para Belfort ficar de fora de combate: não haveria tempo para ele estar com o organismo “limpo”. Médicos ouvidos pelo Terra afirmam que ele precisará de, no mínimo, seis meses para voltar ao octógono sem ser flagrado em testes antidoping, sendo que este período pode durar até dois anos.

Os problemas para Belfort começaram quando a Comissão Atlética de Nevada, órgão que regula os exames antidoping do UFC, baniu o TRT. Ele fazia uso do tratamento e por isso imediatamente foi retirado da luta contra Weidman – o também brasileiro Lyoto Machida será o substituto.

Incomodado com as críticas que surgiram após essas notícias, Belfort se manifestou nesta sexta. Ele não foi claro, mas já deu a entender que precisava esperar para voltar a lutar: “o UFC decidiu colocar outro oponente em meu lugar pelo fato de eu não ter tempo hábil de me adequar as novas regras”.

Belfort precisa desse tempo exatamente para que os esteróides aplicados durante o tratamento saiam do corpo. Médico da Confederação Brasileira de Boxe, Bernardino Santi explica porque vai demorar para que isso aconteça: “os esteróides anabolizantes são lipossolúveis. Quando entram no corpo, ficam estocados no tecido gorduroso e são liberados aos poucos no organismo”, explicou.

Especialista em controle de doping, o médico Eduardo de Rose confirmou que não havia chance de Belfort ficar limpo no tempo restante para o combate. “Em três meses você não consegue eliminar tudo do sistema, então com certeza existia a possibilidade de algo ser detectado”. Se fosse flagrado em mais um antidoping, Belfort sofreria uma dura punição, já que seria reincidente – foi flagrado em 2006, com alto índice de testosterona.

Agora é difícil saber quanto tempo Belfort ficará “limpo” por dentro. “É difícil prever exatamente o tempo, porque depende muito da dose que ele vinha usando”, comentou De Rose. Outros fatores, como o tempo de exposição ao tratamento e a atividade do metabolismo de cada indivíduo, também interferem na recuperação.

É certo apenas que Belfort precisará tomar muito cuidado com exames antidoping daqui para frente: “existem máquinas muito sensíveis, que pegam traços de esteróides exógenos (vindos de fora do organismo) colocados há um ano e meio ou até há dois”, alertou Bernardino.

De acordo com Belfort, após ter o tempo de recuperação respeitado, ele vai enfrentar o vencedor de Chris Weidman vs Lyoto Machida, em nova chance de ser campeão dos pesos médios.

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