Estados Unidos, Nova Zelândia, Noruega e Reino Unido enviaram nesta quinta-feira (20) reforços específicos para a localização dos possíveis destroços do avião da Malaysia Airlines na costa da Austrália. No entanto, as condições de tempo na região foram consideradas extremamente ruins, dificultando a operação.

O governo australiano anunciou a localização de dois objetos que podem ser do Boeing 777, a cerca de 2.500 km de Perth, no sudoeste no país.

“Agora temos um indício crível”, disse o ministro dos Transportes e da Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, em uma entrevista no aeroporto de Kuala Lumpur.

O MH370 está desaparecido desde 8 de março, quando seguia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China, com 239 ocupantes.

Um barco norueguês, o St Petersburgo, foi o primeiro a chegar à região do oceano Índico onde os objetos foram detectados, anunciou o armador Hegh Autoliners.

“Recebemos um pedido das autoridades da Austrália para vasculhar a área e vamos cooperar o quanto for necessário”, disse Kristian Olsen, porta-voz da empresa. A embarcação estava em Madagascar.

O Reino Unido, por sua vez, enviou para a região o navio HMS Echo, que é equipado para obter informações em operações anfíbias e submarinas. Os EUA e a Nova Zelândia enviaram um jato cada.

A própria Austrália despachou quatro aviões e dois navios para a área. Devido ao mau tempo e ao início da noite, as buscas foram encerradas e serão retomadas na sexta-feira (21).

Ao britânico “The Guardian” o especialista em aviação David Learmount afirmou que deve levar dias até que se recuperem os possíveis destroços, devido ao mau tempo e às fortes correntezas no local. As imagens de satélite são do domingo (16), mas apenas nesta quinta foram recebidas pelas autoridades australianas.

Objetos

Segundo John Young, diretor da Amsa (Autoridade Australiana de Segurança Marítima), um dos objetos “eventualmente ligado” ao voo MH370 e detectado por satélite mede 24 metros.

“Os objetos são relativamente leves. São objetos de certo tamanho, mas que flutuam de forma intermitente”. “O maior tem 24 metros, o outro é menor”, revelou Young em entrevista coletiva.

Abbot pediu para não haver conclusões precipitadas: “devemos ter em conta que o trabalho de encontrar estes objetos será muito complicado e que, no final, podem não ter qualquer relação com o voo MH370”.

“Continuaremos até que o encontremos ou saibamos que é impossível achá-lo”, acrescentou o funcionário australiano. Para Young, essa é a “melhor pista” conseguida até o momento.