Mais que trazer sabor do cerrado para cidade, espaço traz dignidade a extrativistas

Muito mais que trazer o gostinho de jatobá, cumbaru, pequi, guavira, bocaiuva, bacuri e mangaba para mais perto da cidade, o novo “Espaço Gosto do Cerrado – Sabores e Saberes” inaugurado na noite desta quinta-feira (22) na Central de Comercialização de Economia Solidária (Ecosol) traz dignidade e novas perspectivas aos extrativistas.

Gerente do Ecosol, Claurinda Oliveira Frazilio, de 56 anos, conta que tudo será exposto no novo espaço tem todo um trabalho anterior, feito na base com os extrativistas, por meio do Instituto Marista. “Lá na base o instituto trabalha com os extrativistas ensinando a forma correta de colher, de fazer o manejo, para que todos possam continuar realizando suas atividades”, diz.

O terena Nélio Marques, de 71 anos, morador da Aldeia Cabeceira, diz que por primeira vez, após anos de luta consegue ver o resultado do trabalho. “Os irmãos sabem quando começou esse trabalho. Estamos vendo o resultado da nossa luta, fortalecendo a nossa mão de obra. Espero que Deus possa abençoar tudo isso, o povo do cerrado”, conclui. O trabalho visa quebrar esse ciclo e mostrar que em cada matéria-prima tem riqueza, que pode ser agregada com ao se criar novos produtos. Assim o jatobá vira pão, o pequi licor, a guavira musse, a mangaba geleia…E cada produto do cerrado se transforma.

E esses produtos que serão vendidos no “Espaço Gosto do Cerrado – Sabores e Saberes”. Quem passar pelo Ecosol terá diariamente a disposição bolos, pães, biscoitos, compotas, mel, castanhas, farinhas e frutas do cerrado. Mas se a preferência for por uma receita mais sofisticada será possível encomendas as musses ou mesmo um brigadeiro de cumbaru.

O Espaço funciona de segunda a sábado, das 8h às 18h30, dentro da Central de Comercialização de Economia Solidária, que fica na Rua Cândido Mariano, 1500, Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3382-4021 ou no e-mail [email protected]