Jovem foi estuprada, obrigada a beber ácido e estrangulada até a morte por vários homens no Estado indiano de Uttar Pradesh, no norte do país, em um novo crime de violência contra mulheres, informaram nesta segunda-feira veículos de imprensa locais.

A agressão aconteceu no sábado na cidade de Aithpura, onde o corpo da jovem de 22 anos foi encontrado no campo com o rosto desfigurado por efeito do ácido, informaram fontes policiais à agência local PTI.

As fontes afirmaram que também foi encontrado ácido no estômago da vítima, e deduziu-se que a jovem foi forçada a beber o líquido antes de ser estrangulada. Também foi jogada gasolina em seu rosto, provavelmente para que não pudesse ser reconhecida, no que pode ser um crime de honra ou relacionado com o tratamento de mulheres.

O caso aconteceu no mesmo Estado em que na semana passada duas adolescentes foram estupradas e enforcadas em uma árvore, um crime com ampla repercussão internacional e com uma intensa polêmica pela denúncia de negligência policial.

Grupos de simpatizantes do hinduísta Bharatiya Janata Party (BJP), o partido que sustenta o governo indiano, protagonizaram durante o dia incidentes em Lucknow, a capital de Uttar Pradesh, em reivindicação a um maior envolvimento das autoridades regionais no caso.

Os manifestantes, muitos deles mulheres, foram dispersados pela polícia com canhões de água frente à sede do chefe do governo do Estado, Akhilesh Yadav, segundo publicou o jornal local The Times of India.

O ministro de Pequenas e Médias Empresas da Índia, Kalraj Mishra, descreveu a situação em Uttar Pradesh como “muito grave” e lembrou que o governo pode intervir se as autoridades locais forem solicitadas.

Em 28 de maio, duas primas de 14 e 15 anos, pertencentes à casta dos intocáveis, a mais baixa, foram estupradas e enforcadas por um grupo de homens no Estado.

A polícia deteve cinco homens, entre eles dois agentes, enquanto dois outros continuam fugitivos.

A família das adolescentes exigiu uma investigação independente sobre o fato, ao desconfiar do chefe de governo regional, Akhilesh Yadav, da mesma casta que os acusados.

Altos comandantes da polícia de Uttar Pradesh admitiram “grave negligência” no caso, já que os agentes, agora detidos, recusaram comparecer à busca das meninas quando os parentes foram denunciar seu desaparecimento.