Após um mês de conflito, Israel anunciou nessa quarta-feira que estaria disposta a ampliar o cessar-fogo de três dias em Gaza, que chegaria ao fim nesta sexta-feira.

No entanto, um integrante do Hamas, grupo palestino que controla Gaza, afirmou em sua conta no Twitter que ainda não havia sido fechado um acordo sobre a ampliação da trégua.
O Egito vem mediando negociações entre israelenses e palestinos.

Mais de 1.800 palestinos morreram no conflito. Segundo a ONU, do total de mortos, ao menos 1.300 eram civis, sendo que desses, mais de 400 era crianças.

Do lado israelense, foram 67 mortes – 2 civis e 65 soldados. Um tailandês que estava em Israel também foi morto.

O presidente americano, Barack Obama, disse que há fórmulas disponíveis para se obter um cessar-fogo duradouro, mas que para isso era preciso que líderes políticos de ambos os lados assumissem riscos e reconstruíssem a confiança mútua.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, culpou o Hamas pela morte de civis, acusando o grupo de usá-los como escudos humanos.

A delegação palestina no Cairo inclui negociadores do Hamas, da Jihad Islâmica e também da Autoridade Palestina.

As principais demandas palestinas incluem o fim do bloqueio israelense à Gaza, que vigora desde 2007, e a abertura das passagens nas fronteiras. Os palestinos também pedem que a comunidade internacional auxilie na reconstrução do território.

Não foi informado quem representa Israel nas negociações.

Ainda nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, criticou Israel por atacar escolas em Gaza usadas pela ONU para abrigar civis desalojados, dizendo que esses locais deveriam ser zonas seguras.

“No mais recente caso de ataque a um abrigo da ONU, os israelenses foram informados das coordenadas do local 33 vezes”, disse Ban.

“Ataques contra instalações da ONU desrespeitam as leis internacionais e precisam ser investigados imediatamente, assim como outros casos do tipo.”

Israel vem recebendo, de todos os lados, críticas da comunidade internacional, após um mês bombardeando Gaza, afirma o correspondente da BBC Wyre Davies, que está em Jerusalém.