Imagens inéditas mostram a queda do avião que matou Eduardo Campos

Imagens feitas por câmeras de monitoramento de um prédio em construção em Santos, no litoral de São Paulo, obtidas com exclusividade pela TV Tribuna nesta terça-feira (19), mostram pela primeira vez o momento exato da queda do avião que matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas no dia […]

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Imagens feitas por câmeras de monitoramento de um prédio em construção em Santos, no litoral de São Paulo, obtidas com exclusividade pela TV Tribuna nesta terça-feira (19), mostram pela primeira vez o momento exato da queda do avião que matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas no dia 13 de agosto.

A demora na descoberta do vídeo se deve ao fato de o horário do sistema de monitoramento estar errado.

Outras imagens divulgadas anteriormente mostravam apenas o clarão, a fumaça e o fogo causados pela explosão, após o impacto da aeronave no solo. Essa nova imagem é a primeira que mostra o avião caindo, e deve ajudar nas investigações para descobrir as causas do desastre aéreo.

O caso

A queda do avião ocorreu por volta das 10h do dia 13 de agosto, em um bairro residencial de Santos. O candidato tinha uma agenda de campanha na cidade.

A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, também no litoral. “Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave”, informou.

Além de Campos, outras 6 pessoas estavam na aeronave: Alexandre Severo Silva, fotógrafo; Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor; Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto; Marcos Martins, piloto; Pedro Valadares Neto e Marcelo de Oliveira Lyra

A Polícia Federal (PF) enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração da causa do acidente. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.

Caixa preta

A Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pela investigação do acidente aéreo afirmou que já foram extraídas e analisadas por quatro técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) as duas horas de áudio da caixa-preta do jato que conduzia o ex-governador pernambucano para o litoral paulista. Entretanto, segundo a própria FAB, a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não é do voo de Campos e sim de um outro voo realizado dias antes.

Em nota, a Força Aérea afirmou que, até o momento, não é possível determinar a data dos diálogos registrados na caixa-preta encontrada em Santos, em razão de o equipamento não arquivar esse tipo de informação.

Relógio

Parte do relógio de uma das vítimas da queda da aeronave foi encontrada na tarde desta segunda (18), no local do acidente. O item será encaminhado para investigação, juntamente com outros objetos do avião e pertences de passageiros e tripulação.

O relógio foi recuperado pela equipe da Defesa Civil da Prefeitura de Santos, durante os trabalhos de retirada de entulho no local do desastre aéreo. Mesmo desprotegido, sem vidro e com bastante areia, é possível notar que os ponteiros parados marcam 9h50, hora em que supostamente o avião teria caído.

Trem de pouso e flaps recolhidos

A Aeronáutica informou nesta terça ter constatado que o jato particular em que viajava o ex-governador de Pernambuco estava com o trem de pouso e os flaps recolhidos. O trem de pouso é composto por equipamentos e pneus para permitir a aterrisagem de aeronaves e os flaps são instrumentos na asa que reduzem a velocidade de aviões.

Reportagem publicada nesta terça no jornal “Folha de S.Paulo” revela que a Cessna, fabricante do jato Citation 560 XL, o mesmo modelo em que Campos viajava, alertou para o risco de a aeronave mergulhar abruptamente durante procedimento feito em subidas e arremetidas. O procedimento apontado pela fabricante é o recolhimento dos flaps.

Mapeamento 3D

Após o acidente ter ocorrido, a PF escaneou a área atingida pelo acidente aéreo. As imagens foram registradas com a utilização de um drone, veículo aéreo com câmera não tripulado.

O mapeamento 3D foi feito a partir das primeiras fotos e vídeos que foram colhidos pelos peritos, com o objetivo de realizar uma possível reconstituição do que aconteceu minutos antes da queda do jato particular. Com o material coletado, a expectativa é que a PF consiga entender e até percorrer com o equipamento o trajeto feito pela aeronave.

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