Ideia era passar para frente livros que não usava, mas evento fez sucesso e foi levado para interior

Aquela história de que boas ideias devem ser propagadas, difundidas e copiadas se aplica perfeitamente a troca de livros, que virou bazar, que Andrea Brunetto, psicóloga e psicanalista, teve em janeiro deste ano. Em pouco mais de quatro meses, ao anunciar uma troca de livros no Facebook, o evento que começou despretensioso com um tapete […]

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Aquela história de que boas ideias devem ser propagadas, difundidas e copiadas se aplica perfeitamente a troca de livros, que virou bazar, que Andrea Brunetto, psicóloga e psicanalista, teve em janeiro deste ano. Em pouco mais de quatro meses, ao anunciar uma troca de livros no Facebook, o evento que começou despretensioso com um tapete estendido na Praça do Itanhangá, virou coisa séria. E na última edição, que aconteceu no domingo (18) de maio, o Conselho Regional de Psicologia, a Fundac (Fundação Municipal de Cultura) e a Contexto Mídia, apoiaram o evento.

Andrea Brunetto conta que a ideia surgiu por uma questão muito simples: falta de espaço para guardar os livros. Já que, leitora, assídua, a quantidade de livros que tinha em casa e no escritório, já não comportava com o espaço e o número de estantes. “Tudo começou por uma questão muito prática. Eu não tinha mais onde guardar os livros. Não cabia mais em lugar nenhum. Então pensei: tem um monte de livros de psicanálise, de psicologia – da época que eu era professora – que eu não usava mais, e, dificilmente, usaria. Então porque não passar para frente”, diz.

Foi quando pediu para uma amiga fazer um folder para ela, anunciando que estaria no domingo, na Praça do Itanhangá, com algumas caixas de livros, para doar e trocar. Funcionou da seguinte forma: o primeiro livro a pessoa poderia escolher e o segundo seria à base de troca.

A ideia fez tanto sucesso, que em menos de uma semana, mais de 100 pessoas compartilharam o folder no Facebook. E na data, do evento, não poderia ser outra coisa senão a repetição do sucesso. “Apareceu um monte de gente, com vários livros. No fim do bazar eu estava com a mesma quantidade de livros que havia levado para lá”, diz.

Ela, então, decidiu doar os livros a um amigo que estava abrindo um sebo, e manteve a evento funcionando uma vez ao mês.

Ao saber da história, a Coordenadoria do Curso de Psicologia de Dourados, decidiu levar o projeto para lá. E há um mês, eles prepararam o primeiro Bazar de livros de Dourados. “Foi um sucesso. Teve muita troca, muita doação”, conta.

Piquenique Literário

E depois dessa ideia, surgiu outra, a do Piquenique Literário. Diferentemente do bazar, aqui não há trocar de livros e sim de ideias, sentimentos e impressões das obras lidas.

Bruneto explica que uma vez por mês, os apaixonados por literatura se encontram para debater um livro, já antes selecionado. “Funciona assim. A gente decide que obra vamos debater ao fim do encontro. Ai dali um mês nós vamos e discutimos aquela obra”, conta.

O primeiro piquenique começou com “Fausto”, de Goethe; o segundo com “Noites Brancas”, de Dostoievsky, o terceiro com “Memórias de Minhas Putas Tristes”, de Gabriel Garcia Marquez, e o quarto que vai acontecer em 8 de junho, domingo, debaterá “O Amante”, de Marguerith Duras.

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