A Grã-Bretanha pediu à Rússia neste sábado que contribua para o alívio da situação na Ucrânia, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu a aprovação do Parlamento para invadir o território do país vizinho.
“Não há nenhuma desculpa para intervenção militar estrangeira na Ucrânia – um ponto que citei ao presidente Putin quando conversamos ontem (sexta-feira)”, disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
“Todos devem pensar cuidadosamente sobre as suas ações e trabalhar para diminuir, não aumentar a tensão. O mundo está assistindo.”
A Grã-Bretanha convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para este sábado com o objetivo de discutir os acontecimentos na Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, descreveu a ação russa como uma “ameaça potencialmente grave” à soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia que viola um pacto assinado em 1994 por Rússia, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Ucrânia.
“Condenamos qualquer ato de agressão contra a Ucrânia”, disse ele.
Hague, que deve ir a Kiev no domingo, disse que a Grã-Bretanha apoiou o pedido do governo ucraniano para consultas urgentes, de acordo com o Memorando de Budapeste de 1994.
O memorando prevê garantias de soberania e integridade da Ucrânia em troca de um compromisso ucraniano de desistir de suas armas nucleares da era soviética.
O acordo obriga os países signatários a se abster de usar qualquer força que ameace a integridade territorial da Ucrânia ou a independência política, nunca usar armas contra a Ucrânia, exceto em legítima defesa, e promover consultas se surgir algum evento que desafie esses compromissos.