Google: apenas 30% dos funcionários são mulheres; 2% negros
Um relatório demográfico do Google apresentado na última quarta-feira mostra que apenas 30% dos seus funcionários são “mulheres”. Os dados ainda mostram as minorias com índice menor que o sexo feminino, como os “asiáticos” em 30 %, 3% de origem “hispânica”, 2% “negros” e 4% de “duas ou mais raças”. A disparidade de homens (70%) […]
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Um relatório demográfico do Google apresentado na última quarta-feira mostra que apenas 30% dos seus funcionários são “mulheres”. Os dados ainda mostram as minorias com índice menor que o sexo feminino, como os “asiáticos” em 30 %, 3% de origem “hispânica”, 2% “negros” e 4% de “duas ou mais raças”.
A disparidade de homens (70%) e brancos (61%) aumenta quando os dados são separados por áreas da empresa. Em “tecnologia”, 80% são homens e apenas 21% das mulheres ocupam cargos de “liderança” na empresa.
Entre os trabalhos “não tecnológicos”, o índice entre homens e mulheres e quase igual, com 52% para homens e 48% para mulheres. Contudo, a diferença entre as etnias ainda é alta com 65% dos funcionários brancos, seguidos por asiáticos (23%), dois ou mais raças (5%), hispânico (4%) e negro (3%).
Esta é a primeira vez que a empresa de Larry Page e Sergey Brin divulga informações sobre diversidade na companhia. Em um post no blog da empresa, o vice-presidente sênior de operações pessoais, Laszlo Bock afirma que existem diversas razões para o Google e outras empresas de tecnologia encontrarem problemas para “recrutar e manter” mulheres e minorias raciais em seus quadros.
“Por exemplo, as mulheres ganham cerca de 18% de todos os diplomas de ciência da computação nos Estados Unidos”, afirma Bock. “Negros e hispânicos compõem menos de 10% dos graduados universitários americanos e recolhem menos do que 5% dos diplomas em ciência da computação, respectivamente”.
Mudança de cenário
Lazlo Bock ainda afirma que o Google tem investido muito “tempo e energia” na educação para mudar este cenário, como ao doar US$ 40 milhões para ONGs levarem computadores à mulheres e meninas e ao trabalhar para melhorar a qualidade de universidades e faculdades de origem histórica racial nos EUA, como a Howard University.
Ainda assim, o executivo admite que o problema da disparidade racial está longe de ser resolvida. “Nós somos os primeiros a admitir, o Google está a milhas de onde queremos estar – e estar totalmente ciente da extensão do problema é realmente importante para parte da solução”, disse Bock.
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