Apesar de ter apenas 17 anos, Paulo Martins Coene pode ser considerado um veterano do boxe. Treinando desde os cinco anos de idade, o filho do lutador e personnal trainner Paulo Britto, de 43 anos, é a promessa do boxe sul-mato-grossense.

Na próxima semana, o jovem embarca para Santo Amaro, no ABC paulista, para treinar junto com a seleção brasileira.

Convocado para participar do grupo, Paulo não esconde a ansiedade e os sonhos de uma carreira promissora. Ele revela que está totalmente focado para a Olimpíada de 2016 e somente após o evento pensa em se profissionalizar. “Meu foco está totalmente voltado para as Olimpíadas. Depois quero pensar em me profissionalizar em outras coisas”, diz.

Mesmo acostumado à intensidade de treinos, Paulo conta que a vida de atleta não é fácil. Ele pontua que os treinos são puxados, mas que acabam fazendo parte da rotina. “A gente se acostuma. O chato é quando tem luta e tem uma festa, algo assim, e a gente tem que se preparar, ficar concentrado”, conta sobre o ritmo diferente da dos amigos não-atletas.

A dieta é outro fator que, às vezes, pega, revela o boxeador. “Tenho que cuidar a alimentação. Deixar de comer algumas coisas. Controlar o peso. Mas o resultado vale a pena”, diz.

Linha dura, o pai diz que fica 24 horas na cola do filho. “Quem treina comigo sabe que sou chato. Mas o resultado chega, e quem tem objetivo tem que viver o esporte 24 horas por dia”, justifica Paulo.

O pai, que parou de lutar o boxe olímpico aos 34 anos, porque na época era a idade limite, hoje espera ver o filho trazendo títulos para casa. “Com fé em Deus e muito trabalho o resultado chega”, finaliza Britto.