A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) informou que vai combater a Febre Chikungunya da mesma forma que combate a Dengue, já que a doença também é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da Sesau, Márcia Dalfabro, os sintomas também são parecidos com o da dengue, mas perduram por mais tempo e são mais intensos.

De acordo com nota divulgada nesta quarta-feira (1º de outubro) no site do Ministério da Saúde, no Brasil foram confirmados 79 casos da doença. Sendo 38 de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença e 41 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão.

Das notificações onde pessoas viajaram para lugares onde não há registro de transmissão, oito foram registrados no município de Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana (BA). Dos casos importados, são 12 estados com notificações, o com maior registro é São Paulo, com 17 notificações. Na região Centro-Oeste apenas Goiás e o Distrito Federal registraram casos da doença.

Febre Chikungunya

A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas são: febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaléia e exantema. Os sintomas costumam durar de três a 10 dias, e sua letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.

Em 2010, o Brasil registrou três casos importados (contraídos no exterior) da doença, o Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situação do vírus causador da Febre Chikungunya. Até então, o sistema de vigilância só havia detectado casos suspeitos em viajantes, sendo que todos foram descartados após os exames de laboratório. Até o momento não existe um tratamento específico para Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.