No primeiro semestre deste ano, as colegas Rayane Dayara de Souza Melo e Carla Fernanda Okabe, ambas de 18 anos, viram a rotina de estudantes na cidade de Coxim, distante 242 quilômetros de Campo Grande, dar uma guinada e literalmente ganharam o mundo, com a ajuda da pesquisa e da ciência.

Na época estudantes do curso técnico de Alimentos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), elas desenvolveram juntas uma pesquisa sobre o potencial anticancerígeno da fibra da soja que ganhou reconhecimento internacional e viajaram para Los Angeles (EUA) e depois Londres (Inglaterra), representando o ensino de Mato Grosso do Sul em feiras desses países. “Quisemos quebrar tabus e mostrar que a soja é importante para a dieta humana. A frase do pesquisador é solucionar problemas”, disse Rayane em entrevista ao Correio do Estado.

Rayane, que escolheu o curso “porque tinha intenção de seguir a faculdade de Nutrição”, o ofício ainda é pouco compreendido na região, na cidade e até mesmo por amigos e familiares. “Ainda hoje, quando a pessoa sabe que sou técnica em alimentos, me pergunta: ah, então você é boa em cozinhar, né?”, brinca.

Pesquisa

Testes foram feitos com células cancerosas de quatro linhagens: colo, próstata, rins e mama. O diferencial seria a baixa agressividade do suplemento, que não agride células normais. O trabalho teve orientação da professora Ângela Kwiatkowski e coorientação dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Ana Camila Micheletti e Maria de Fátima Cepa Matos, com colaboração do professor Adilson Beatriz.