Afinal, de quem é a culpa pelos problemas no Engenhão? A pergunta que ainda desperta interesse segue sem resposta satisfatória. Após um ano de interdição, o jogo de empurra permanece. Em entrevista ao LANCE!Net, o engenheiro responsável pela equipe que projetou a cobertura, Flávio D’Alambert, negou falhas no projeto.

De acordo com um laudo da empresa de consultoria alemã Schlaich Bergermann und Partner (SBP), que serviu de base para a prefeitura do Rio interditar o Engenhão, havia risco de queda da estrutura em caso de ventos superiores a 63 km/h na região do estádio.

“Fiquei muito surpreso com este laudo. Todo o projeto foi baseado em cima de estudos e cálculos”, comentou DAlambert, que foi além:

“A estrutura já foi submetida a ventos muito fortes. Fiz uma pesquisa e encontrei registros de mais de 200 ventos com mais de 60 km/h na Região Metropolitana do Rio nos últimos sete anos. Também houve 12 ocasiões em que os ventos passaram da marca de 100 km/h.”

Por outro lado, o presidente do Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, disse que a decisão de interditar o estádio foi acertada. Ainda de acordo com Agostinho, o fato de não ter ocorrido um acidente não quer dizer que não havia riscos.

– Quando existe um alerta como este (de risco de acidente com ventos acima de 63 km/h), não quer dizer que, se houver um evento desta magnitude (os ventos), o estádio vá cair. Pode acontecer. É um alerta, mas há não certeza – comentou em entrevista ao LANCE!Net.