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Empresária compra carro “de luxo” e sofre há mais de dois anos com problemas constantes no veículo

No fim de 2011, a empresária Silvia Dias, 31, guardou economias para trocar de carro. O que ela não imaginava é a dor de cabeça que a compra de um Lifan 320 traria para a sua vida. Desde então ela sofre frequentemente com problemas no carro e estima já ter gastado doze mil reais com […]
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No fim de 2011, a empresária Silvia Dias, 31, guardou economias para trocar de carro. O que ela não imaginava é a dor de cabeça que a compra de um Lifan 320 traria para a sua vida. Desde então ela sofre frequentemente com problemas no carro e estima já ter gastado doze mil reais com consertos.

Silvia comprou o carro no dia 21 de dezembro de 2011, na concessionária Kriar Veículos. “Era uma marca nova e eu, por confiar na credibilidade da Kriar, optei pela compra, já que estava com preço baixo”, explica. O Lifan 320 é uma versão popular inspirada no modelo do carro de luxo Mini Cooper. Uma semana após a compra, surgiu o primeiro problema: todas as luzes do painel ficaram acesas.

“Levei lá o carro, devolveram falando que tinham arrumado e na outra semana as luzes acenderam de novo”, conta. Prestes a ir viajar para passar o réveillon em outra cidade, Silvia se deparou com novo problema: injeção eletrônica.

Os dois problemas iniciais foram solucionados, mas a sequência de falhas no carro começou a irritar a empresária. “Era o cinto de segurança que não voltava, retrovisor elétrico quebrado por conta da pressão do vento, segundo a Kriar, escapamento, travas, tudo que você imaginar estragou”, relata, indignada.

Acordo “mela”

Meses depois, cansada de tantos problemas, Silvia tentou entrar em acordo com a concessionária, de trocar o seu Lifan por outro carro. “Estava quase fechado, de repente, a Kriar me informou que brigou com a Lifan e não trabalhava mais com a marca”. A empresária perguntou como ficava a sua situação e recebeu como resposta que procurasse a Justiça.

Silvia seguiu sua odisseia de encontrar outro local que tivesse peças da Lifan. E encontrou a Champion. Neste meio tempo, novos problemas apareceram. “O carro esquentava, entrava água embaixo, não podia passar em uma poça, se enchesse o tanque de gasolina dava pane”, lista. Os problemas foram tantos que a Champion também parou de trabalhar com a marca.

Silvia entrou em contato com a matriz da Lifan, que fica em , e ouviu que o único representante da marca no estado fica em . Sem saída, teve que começar a pagar pelos consertos e peças em uma oficina. “Gastei uma fortuna, só no mês passado, no total, com o carro foram dois mil e quinhentos reais”, contabiliza.

Processo

“Vendi meu carro e comprei um zero achando que ficaria livre de oficina e gastos e olha só o que virou. Troquei a bateria do carro duas vezes. Deu bolha nos pneus, a luz alta é desregulada. Comecei a ter dúvidas se a revisão de três dias que a Kriar disse que fez dias depois que comprei o carro foi feita”, conta.

Em março de 2012 entrou na Justiça, contra a Lifan e contra a concessionária Kriar. Entretanto, Silvia é realista e sabe que o processo é lento. “Demorou quase um ano para ser feita a perícia do carro, que tive que pagar também, e custou sete mil reais”. Até hoje ela usa o carro e convive com os problemas, mas agora corre contra o tempo.

“A garantia do carro é de três anos, não posso perdê-la. Ninguém fez esforço ou mostrou-se apto a ajudar, não sei mais o que fazer”, diz a cabeleireira. Além do processo judicial, Silvia tem todos os documentos de consertos feitos no veículo, além de recibos de corridas de táxis gastas ao voltar da oficina, que não oferece o serviço de deixar o cliente em casa.

Respostas

A reportagem entrou em contato com Vanderlei Amado, um dos donos da Kriar na época em que Silvia comprou o carro. Vanderlei declarou que a concessionária sempre deu a assistência técnica. “Fizemos o que podíamos. Acontece de alguns carros darem problemas, é mecânico, faz parte. Ela tem que procurar o fabricante para resolver a situação”, aconselhou.

Vanderlei lembra o motivo de a Kriar ter parado de trabalhar com a marca da Lifan, o que “melou” o acordo que Silvia ia fazer com a concessionária, de trocar o carro. “A gente tinha um contrato com um importador da Lifan e chegou uma situação em que não havia condições de trabalhar com a marca”, explica.

O empresário reforça que a responsabilidade é da Lifan Motors. “Se o carro está com defeitos tem que levar na oficina e se continuar, ir atrás da Lifan”, finalizou.

A Lifan Motors declarou que não há registro de reclamação realizada pela cliente no sistema de atendimento e, portanto, não teve a oportunidade de tentar solucionar os problemas. A empresa afirmou que, por conta do processo judicial que está em andamento, não pode se manifestar até o final do processo.

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