Pular para o conteúdo
Geral

Dólar sobe 2,71% em julho e encosta em R$ 2,27

O Dólar subiu mais de 1% nesta quinta-feira, acumulando 2,71% de valorização no mês e encostando em R$ 2,27, impulsionado por incertezas nos cenários externo e interno que devem deixar o mercado de câmbio volátil nas próximas semanas. A divisa dos EUA avançou 1,21% nesta sessão, a R$ 2,2699 na venda, maior nível de fechamento […]
Arquivo -

O Dólar subiu mais de 1% nesta quinta-feira, acumulando 2,71% de valorização no mês e encostando em R$ 2,27, impulsionado por incertezas nos cenários externo e interno que devem deixar o mercado de câmbio volátil nas próximas semanas.

A divisa dos EUA avançou 1,21% nesta sessão, a R$ 2,2699 na venda, maior nível de fechamento desde 4 de junho, quando ficou em R$ 2,2836. A alta acumulada no mês foi a mais forte desde novembro passado (+4,61%).

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões, acima da média diária do mês, de US$ 1,2 bilhão. “O dólar tem espaço para mais volatilidade, levando em conta as incertezas no cenário interno e internacional”, afirmou o diretor de gestão de recursos da corretora Ativa, Arnaldo Curvello, lembrando que o mercado aguarda o relatório de emprego dos EUA, que será divulgada no dia seguinte.

“O BC pode atuar um pouco mais para suavizar esses movimentos, mas se houver uma mudança significativa de fundamentos e o câmbio tiver que mudar de patamar, não adianta lutar contra isso”, acrescentou.

Nesta sessão, a alta do dólar foi impulsionada pelos sinais de fortalecimento das condições do mercado de trabalho dos EUA, que poderiam abrir caminho para alta nos juros do país mais cedo do que se espera, e notícias de que a Argentina não foi capaz de chegar a acordo com credores e entrou em default.

“A Argentina não tem o mesmo poder de contágio que tinha nos anos 90, mas a situação de default técnico não ajuda em nada a economia por lá e muito menos por aqui”, escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório.

As cotações do dólar também se ajustaram após o BC brasileiro não anunciar para esta sessão leilão de rolagem de swaps cambiais – equivalentes a venda futura de dólares – que vencem no dia seguinte. Com isso, a autoridade monetária rolou apenas cerca de 70% do lote total que vence em 1º de agosto, contra cerca de 85% no mês passado. Nos meses anteriores, havia rolado entre 50% e 75% dos lotes. O próximo vence em 1º de setembro e equivale a US$ 10,07 bilhões.

Operadores especulam sobre como o BC reagirá a esse movimento de alta do dólar. A maioria acredita que deve esperar para ver onde a divisa se assenta mas alguns, contudo, acreditam que patamares mais altos da moeda podem ter vindo para ficar.

“Pelo menos por enquanto, com essas tensões no cenário externo, parece que o dólar vai se assentar na casa dos R$ 2,26”, disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

O dólar vinha oscilando dentro da banda informal de R$ 2,20 a R$ 2,25 desde o início de abril, com alguns breves momentos de exceção. Especialistas acreditam que esse intervalo agradaria ao BC, por não ser inflacionário e não prejudicar a indústria. “Mesmo com o dólar em R$ 2,25, ele (BC) acabou não fazendo leilão de rolagem. Isso faz o mercado especular se agora ele considera esse patamar confortável”, disse o operador de um importante banco nacional.

Nesta sessão, o BC deu continuidade às atuações diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps. Foram 3 mil contratos para 2 de fevereiro e 1 mil para 1º de junho de 2015, com volume correspondente a US$ 198,5 milhões.

Em seguida, vendeu ofertas nos dois leilões de até US$ 2,25 bilhões com compromisso de recompra em 5 de janeiro e 3 de fevereiro de 2015. O montante ofertado correspondeu exatamente ao que ainda estava para ser recomprado, segundo dados do BC.

A forte alta da moeda americana foi turbinada na primeira parte da sessão pela briga antes do fechamento mensal da Ptax, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Pouco antes da divulgação da taxa, o dólar chegou a subir quase 1,5% na máxima do dia, a R$ 2,2755.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
nelsinho trad

Senado Federal aprova proposta de Nelsinho Trad contra tarifaço de 50% de Trump

carne bovina

Suspensão da exportação de carne bovina aos EUA pode baratear preço em MS, avalia Governo

Morto em tiroteio era sobrinho de um dos maiores fornecedores de maconha para o Brasil

VÍDEO: Motociclista fica ferido após bater em carreta no interior de MS

Notícias mais lidas agora

carne três lagoas

MS suspende produção de carne para os EUA e preço pode cair para consumidores no Estado

nelsinho trad

Senado Federal aprova proposta de Nelsinho Trad contra tarifaço de 50% de Trump

Sem ajuda, adolescente teria agonizado até a morte em clínica para dependentes de MS

PF diz que Júnior Mano é ‘figura estruturante de organização criminosa’ para desvio de emendas

Últimas Notícias

Cotidiano

Santa Casa procura família de paciente internado em estado grave sem identificação

Quem tiver informações pode entrar em contato com o Serviço Social da Santa Casa

Transparência

Preso e condenado a 73 anos, Jamilzinho é investigado pelo MP por incêndio em fazenda em Aquidauana

Fogo devastou 259 hectares de vegetação nativa

Cotidiano

Mato Grosso do Sul tem mais de 39 mil CACs

MS está entre os 15 estados com maior registro de CACs

Trânsito

VÍDEO: Nutricionista morre ao bater moto de alta cilindrada em caminhão caçamba no interior de MS

Manoel Mello sofreu múltiplas fraturas e hemorragia interna