O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (1), após pesquisas do Ibope e do Datafolha mostrarem na véspera liderança firme da presidente Dilma Rousseff (PT) nas intenções de voto para o primeiro turno, com vantagem na segunda rodada, e redução da diferença de Marina Silva (PSB) sobre Aécio Neves (PSDB).

A moeda norte-americana subiu 1,5%, a R$ 2,4848, o maior valor desde dezembro de 2008, depois de marcar em setembro a maior alta mensal em três anos. Veja a cotação

Na semana, a moeda acumula alta de 2,85% e no ano, há valorização de 5,4%.

O avanço recente das intenções de voto de Dilma tem impulsionado o dólar nas últimas semanas e ajudou a moeda norte-americana a marcar em setembro a maior alta mensal em três anos, segundo a Reuters, alimentando preocupações inflacionárias com o aumento dos preços de importados.

Na véspera, o Banco Central reagiu anunciando já para o primeiro pregão do mês o início da rolagem do lote de swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares, que vencem em novembro, sinalizando a rolagem total desses contratos. Mas, segundo analistas, essa operação não é suficiente para apaziguar as pressões sobre o mercado.

“O BC tem dosado as rolagens de acordo com a volatilidade do mercado, então é razoável esperar que, num momento de nervosismo, a rolagem seja integral”, disse à Reuters o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.

O BC vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos de novembro. Com isso, rolou cerca de 4,5% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões. Pela manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps, com volume correspondente a US$ 197,0 milhões.

Também refletindo as pesquisas eleitorais, a Bovespa fechou em baixa nesta quarta. O Ibovespa recuou 2,32%, aos 52.858 pontos. Esse é o menor patamar desde 5 de junho, quando a Bovespa encerrou em 51.558 pontos.