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Dólar cai com melhora da cena externa e de perspectiva sobre Brasil

A melhora do cenário externo e da percepção de risco em relação ao Brasil, após o anúncio da meta fiscal para 2014, favoreceu a retomada do fluxo de recursos para o país e contribuiu para uma recuperação do real frente ao dólar no curto prazo, com muitos  investidores ajustando as posições compradas na moeda americana. […]
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A melhora do cenário externo e da percepção de risco em relação ao Brasil, após o anúncio da meta fiscal para 2014, favoreceu a retomada do fluxo de recursos para o país e contribuiu para uma recuperação do real frente ao dólar no curto prazo, com muitos  investidores ajustando as posições compradas na moeda americana.

O dólar comercial encerrou em queda de 0,25% a R$ 2,3470, menor patamar desde 20 de janeiro. Já o contrato futuro para março recuava 0,04% para R$ 2,349.

O real, que tinha sido uma das moedas mais penalizadas no  movimento de “sell-off” de mercados emergentes verificado em janeiro, acumulando queda de 2,28% frente ao dólar no mês passado,  subia 2,77% em fevereiro, diante da melhora da percepção de risco em relação ao país, que atraiu principalmente investidores que buscam ganhos de curto prazo,  procurando aproveitar a taxa de juros atrativa do Brasil, atualmente em 10,5%.

Além disso, a perspectiva de fluxo positivo diante de novas captações no mercado externo por parte das empresas brasileiras contribui para sustentar o movimento de queda do dólar frente ao real no curto prazo. Na semana passada, a Odebrecht Óleo e Gás captou US$ 580 milhões por meio de uma emissão de bônus com vencimento em 2022.

Durante a reunião do G-20, no último fim de semana, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que depois de alguns meses de saída líquida de recursos os investidores estrangeiros começam a retornar para o país, destacando que o fluxo cambial em fevereiro está positivo em US$ 1,008 bilhão, até o dia 19.

Além disso, analistas do mercado câmbio destacam que após o anúncio da meta fiscal para 2014,  no dia 20 de fevereiro, houve um movimento de desmonte de posições na moeda americana no mercado futuro, levando o dólar para o patamar abaixo de R$ 2,35.

A decisão do governo de cortar R$ 44 bilhões em gastos e de gerar uma economia para pagamento de juros no equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) foi interpretada pelo mercado como um sinal de comprometimento com a recuperação da credibilidade fiscal perdida, reduzindo o risco de um rebaixamento do “rating” soberano.

Desde o último dia 18, os investidores estrangeiros e institucionais locais venderam conjuntamente US$ 2,0765 bilhões em contratos de dólar futuro e cupom cambial (DDI). Apenas na sexta, esse grupo de agentes desfez US$ 1,3034 bilhão em posicionamentos que ganham com a alta da moeda americana.

Para a estrategista de câmbio para América Latina do Royal Bank of Scotland (RBS), Flavia Cattan-Naslausky, a melhora do fluxo para o Brasil é mais uma correção de curto prazo que uma mudança de perspectiva para o país. Ela destaca que a melhora de aversão a ativos de risco no cenário externo favoreceu o fluxo de aplicações de “carry trade” — que buscam ganhar com a arbitragem de juros — mas não mudou a tendência de desvalorização do real no médio e longo prazos,  destacando a previsão de baixo do crescimento do PIB para o Brasil neste ano e em 2015 .

“Apesar de o cenário externo estar melhorando, não há uma mudança na perspectiva para o Brasil, com crescimento econômico baixo, inflação alta e incerteza no quadro político”, afirma Flavia, destacando que a queda do dólar abre uma oportunidade de compra da moeda americana para o médio prazo. O RBS prevê um câmbio a R$ 2,60 no fim de 2014.

No mercado externo, o ambiente de menor incerteza em relação à normalização da política monetária nos Estados Unidos, que tem mantido as taxas dos títulos do Tesouro americano comportadas, contribui para uma recuperação das moedas emergentes. No mercado externo, o dólar caía 1,26% frente ao rand sul-africano, 0,66% em relação ao dólar australiano e 0,07% frente ao peso mexicano.

A venda de swaps cambiais pelo Banco Central, que funciona como uma injeção de liquidez no mercado futuro, serviu para reforçar o movimento de vendas de dólares no mercado local. O BC fez a rolagem de mais 10.500 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta segunda-feira, movimentando o equivalente a US$ 517,1 milhões.

Com isso, o BC elevou a US$ 6,8655 bilhões o montante em swaps cujo vencimento já foi postergado para além de março, podendo completar a rolagem do lote total (US$ 7,378 bilhões) na operação de amanhã. Mais cedo, a autoridade monetária havia colocado cerca de US$ 200 milhões em leilão dentro do programa de oferta diária de “hedge” cambial.

 

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