A presidente Dilma Rousseff chega neste domingo em para participar da II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece na terça-feira.

Após passar alguns dias em Portugal em uma visita não programada em sua agenda oficial, Dilma atravessou o Atlântico direto para a ilha, onde também se reunirá com seu colega cubano, Raúl Castro.

A presidente ficará em Havana até terça, quando participará da Celac, que terá como tema central a luta contra a , a pobreza e as desigualdades na América Latina, divulgou o Itamaraty.

A Cúpula de chefes de Estado e de governo dos países da Celac, que reunirá representantes de 33 países e territórios da região, terá também a presença do secretário- geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon.

Na segunda Dilma inaugura junto de Raúl Castro a primeira parte do porto de Mariel, financiada com recursos do BNDES, e cuja ampliação é considerada uma “obra emblemática” da parceria entre os dois países.

Executada pela construtora Odebrecht e com financiamento de US$ 682 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dois terços do valor total, estimado em US$ 957 milhões.

O porto dará a Cuba uma moderna porta de saída marítima e permitirá que indústrias brasileiras se instalem na ilha e aproveitem o menor custo da mão de obra local e incentivos cubanos para produzir e exportar a partir da ilha.

Dilma também terá uma reunião de trabalho com o líder cubano, onde serão discutidos “os principais temas da agenda bilateral e regional”, segundo o Itamaraty. Entre eles se destaca a parceria no programa “Mais Médicos”, que já trouxe 5.400 profissionais cubanos para atuar em regiões isoladas e pobres do país.

O objetivo é contratar 12.996 médicos até março para oferecer assistência básica de saúde a 22,7 milhões de pessoas.

Dilma e Castro também falarão sobre comércio bilateral, que, segundo dados oficiais brasileiros, saltou de US$ 91,99 milhões em 2003 para US$ 624,79 milhões em 2013. Os principais produtos que o Brasil exporta para Cuba são óleo de soja, arroz e milho.

Segundo porta-vozes da presidência, a visita de Dilma a Cuba inclui reuniões privadas, e especula-se que a presidente possa se encontrar com o líder Fidel Castro.