Depois de 18 anos e tendo passado pela gestão dos prefeitos de Campo Grande, André Puccinelli (PMDB), Nelsinho Trad (PMDB) e Alcides Bernal (PP), a gestão plena dos  Centros de Educação Infantil (Ceinfs) passaram para a Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A assinatura da transferência dos Ceinfs que eram de responsabilidade da Secretaria de Assistência Social (SAS) foi realizada na manhã desta segunda-feira (20). “Passa a ser da educação e não mais da assistência social. É um respeito ao antigo anseio que vai atender à legislação vigente, há mais de 18 anos estava desobedecendo uma lei que vige no nosso País”, afirmou Bernal.

Segundo o presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Alves Gonçalves, Campo Grande era a única capital do País fora da legislação quanto à educação infantil. “É um avanço depois de 18 anos de atraso. Hoje o Ceinf para ser da Semed. Aqui era a única capital do País que o Ceinf pertencia à SAS”, pontuou o presidente.

Para a secretária da SAS, Thais Helena, com a transferência dos Ceinfs, a SAS poderá se voltar mais para a área de atuação que diz respeito à assistência social, sem desviar o foco. “Agora a SAS será exclusivo para a SAS. Vamos acabar com a vulnerabilidade social e com a miséria que tem na nossa cidade”, disse a secretária.

O secretário municipal de Educação, José Chadid, ressaltou a importância do ato, além de adequar a educação infantil à legislação do País. “É um marco histórico. Transformou a primeira etapa da educação básica, é o fim depois de 18 anos”, enfatizou.

Para o secretário, o início da vida escolar é a fase mais importante na formação do cidadão. “São nos primeiros anos de educação que faz a diferença na formação do cidadão. É um direito das crianças o acesso à educação e não apenas o direito para as mães trabalharem”, pontuou.

O promotor da Infância e Juventude, Sérigo Harfouche, também participou do evento e cobrou do prefeito zerar a demanda de acesso à educação infantil. “Em 2016, haverá a redução da idade de corte. As cidades vão transferir as vagas de creche, mas aqui deve ser mantida. Há 10 anos ingressei com uma Ação Civil Pública tentando zerar o deficit”, afirmou o promotor.