Dependentes químicos tomam Vila Progresso e fazem “Cracolândia” em Campo Grande
Uso de drogas, prostituição e pessoas morando nas calçadas causam preocupação aos moradores da região. Usuários e pequenos traficantes permanecem no local durante todo o dia.
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Uso de drogas, prostituição e pessoas morando nas calçadas causam preocupação aos moradores da região. Usuários e pequenos traficantes permanecem no local durante todo o dia.
Os moradores da Vila Progresso, em Campo Grande, estão preocupados com a possibilidade de o local se tornar uma Cracolândia (denominação para uma região no centro da cidade de São Paulo, onde se desenvolveu intenso tráfico de drogas). Eles denunciaram ao Midiamax que desde o ano passado, vários dependentes químicos tomaram conta do bairro, tornando a região como grande ponto de comercialização de drogas e prostituição.
O principal ponto de encontro entre os usuários fica no cruzamento das ruas Aparecida com a Simão Bolivar. Segundo os moradores, além de ser um ponto de venda de consumo de entorpecentes o local também funciona como uma área de prostituição. Onde até os usuários trocam serviços sexuais por dinheiro para a compra de entorpecente.
“A qualquer hora do dia que você passa eles vão estar ali. De manhã, de tarde ou à noite não importa, eles estão consumindo drogas. A gente não pede nem que prendam os usuários, que a gente entende que é um problema de saúde. Mas a polícia tem que prender os traficantes, que vêm até aqui”, afirma um morador que prefere não se identificar.
Segundo ele, os moradores conseguem até identificar os traficantes pelos veículos, que são sempre os mesmos, uma Honda Biz vermelha e um Fiat Uno Preto. “Eles fazem o disque-droga. Tem traficante que traz a família, vem com a mulher o os filhos pequenos pra vender droga. Olha que absurdo!”, argumenta.
Um funcionário de um estabelecimento comercial também se mostra indignado com a situação. “Desde manhãzinha até a noite tem gente aqui consumindo droga. Mas piora a partir das 17 horas, que as travestis e garotas de programa chegam e começam a fazer ponto. Ficam todos misturados, e os clientes ficam com medo de vir até aqui, o que prejudica a gente”, explica.
Outro morador se mostra extremamente indignado com a situação do local. “A gente não pode mais sair a pé de casa, com medo. Não posso sair com a minha neta de 2 anos. O negócio é feio mesmo. Eles usam tanta droga que o cheiro chega dentro da casa da gente. A gente vê até criança no meio deles. Cadê a polícia que não faz nada?”, questiona o senhor.
Segurança
Todos os moradores e funcionários que falaram com a reportagem questionam a atuação do poder público no local. “A polícia, o prefeito, o Ministério Público, as autoridades têm que tomar alguma providência em relação a isso. A gente tem dó dos usuários e eles têm que se tratar. Mas e quem vende, por que a polícia não faz nada?”, questiona.
Combate ao crack
Campo Grande participa do programa do Governo Federal, “Crack é possível vencer”desde o início de 2013. O programa envia recursos para ações de conscientização, combate e enfrentamento da situação. A prefeitura tem que atuar com o governo do Estado para a implementação de comitê e organização das ações.
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