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Coronel brasileiro em missão da ONU fala da situação de segurança no Sudão do Sul

A crise iniciada em meados de dezembro já deslocou mais de 715 mil sul-sudaneses e levou mais de 160 mil ao refúgio em países vizinhos. Os números são atualizados pela ONU a cada três dias aproximadamente e não param de crescer. Numa operação sem precedentes, a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) […]
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A crise iniciada em meados de dezembro já deslocou mais de 715 mil sul-sudaneses e levou mais de 160 mil ao refúgio em países vizinhos. Os números são atualizados pela ONU a cada três dias aproximadamente e não param de crescer. Numa operação sem precedentes, a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) abriu suas dez bases no país para proteger civis da violência. No total, mais de 85 mil pessoas se abrigaram nas instalações da missão de paz.

É sobre essa situação que o coronel brasileiro Amadeu Marto, líder dos observadores militares da ONU no Estado de Northern Bahr el Ghazal, noroeste do país, conversou por telefone com a equipe do Centro de Informação da ONU para o Brasil (Unic Rio).

No Estado onde o coronel Marto coordena uma equipe multinacional de dez pessoas, a situação de segurança é mais estável. De acordo com o boina-azul, isso se deve ao fato de a maioria da população pertencer a apenas uma etnia. “A crise não é só étnica. Ela é muito mais política e econômica do que étnica, mas o lado étnico também puxa bastante. E como aqui 90% da população é Dinka, então a situação é bem tranquila”, explicou.

Dinka é a etnia do presidente, Salva Kiir, que em 15 de dezembro afirmou que soldados leais ao ex-vice-presidente Riek Machar, destituído do cargo em julho, tentaram aplicar um golpe de Estado. O opositor é da etnia Lou Nuer, o que serviu de estopim para que os conflitos exacerbassem as questões políticas.

A situação, afirma Marto, é mais grave nos Estados de Jonglei, Unity e Alto Nilo. A base da ONU na capital do país, Juba, recebe mais da metade dos deslocados internos. A ONU presta todo o auxílio possível, mas as condições são precárias e a quantidade de necessitados é muito superior à capacidade de resposta humanitária.

Os 13 brasileiros que trabalham na missão – oito militares do Exército e da Aeronáutica e cinco policiais militares de diferentes Estados – desempenham papeis importantes na busca pela estabilidade do país mais novo do mundo (tornou-se independente em julho de 2011) e na proteção dos direitos humanos.

No caso de Marto, a tarefa é manter contato com o Exército do Sudão do Sul, emitir alertas antecipados sobre possíveis ameaças à segurança de civis e humanizar a atuação das forças locais.

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