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Com maior número de tremores desde 94, Califórnia teme ‘Big One’

Para os habitantes da costa leste americana, terremotos fazem parte da rotina. A Califórnia registra mais de 30 mil tremores anualmente. Mas a maioria deles são tão pequenos que mal conseguem ser sentidos. Uma série de tremores, no entanto, têm chamado a atenção dos especialistas em 2014. Neste ano, o território da Grande Los Angeles […]
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Para os habitantes da costa leste americana, terremotos fazem parte da rotina. A Califórnia registra mais de 30 mil tremores anualmente. Mas a maioria deles são tão pequenos que mal conseguem ser sentidos. Uma série de tremores, no entanto, têm chamado a atenção dos especialistas em 2014.

Neste ano, o território da Grande Los Angeles tremeu com uma frequência não observada desde 1994. Os últimos seis meses registraram intensa atividade sísmica com terremotos que ultrapassaram a marca dos 4.0 graus na escala Richter. Em 1994, o terremoto de Northridge de magnitude 6.7 matou 57 pessoas e deixou mais de 5 mil feridos. Desde então, raramente foram observados tremores maiores que 4.0.

O que essa nova série de tremores significa? A verdade é que os cientistas estão divididos sobre o que pode acontecer no curto prazo. De acordo com o instituto de pesquisa U.S. Geological Survey, há maior probabilidade de um grande terremoto acontecer ainda neste ano. “De modo geral, quando há tremores frequentes, há maior probabilidade de tremores ainda maiores”, diz a sismóloga Lucy Jones.

The Big One

De acordo com os especialistas, um terremoto de escalas catastróficas está por vir. Trata-se do chamado The Big One, um terremoto de escala 8 ou superior que seria capaz de matar até 20 mil pessoas.

O que explica a chegada do Big One é a falha de San Andreas, uma área geologicamente instável causada pelo afastamento de duas placas tectônicas. Com 1300 quilômetros de extensão, essa falha se localiza bem no estado da Califórnia.

Um estudo de cientistas da Universidade de Stanford e do MIT, publicado em maio, afirma que se o Big One atingir a falha de San Andreas próximo de Palm Springs, é provável que as ondas sísimicas atinjam o coração de Los Angeles.

Os especialistas alertam que, em um cenário hipotético, os primeiros 20 minutos após o grande terremoto seriam cruciais para a sobrevivência por conta das desgraças que vem junto com o terremoto, como quedas de árvores, vazamentos de gás e incêndios.

Doug Smith, um veterano jornalista de dados do jornal Los Angeles Times, esteve presente em grandes terremotos do passado, inclusive o de Northridge, cujo epicentro foi próximo de uma universidade às 4h30 da manhã. Após o tremor, materiais tóxicos do laboratório da universidade vazaram. “Com certeza, teríamos centenas de milhares de mortos, caso o terremoto tivesse ocorrido algumas horas mais tarde. Seria um desastre de enormes proporções”, analisa Smith.

Amém da imprevisibilidade dos terremotos, há um outro problema caso um terremoto de grande magnitude atinja a região de Los Angeles. Alguns edifícios, sobretudo os construídos antes de 1975, não estão preparados para aguentar um terremoto de grande escala. “As melhores evidências que temos mostram que 5% dos edifícios de concreto podem desabar totalmente”, diz Smith.

“Nós nunca podemos eliminar completamente o risco de um prédio desabar. Mas é possível reduzir o risco com técnicas de engenharia que adicionam componentes na estrutura dos prédios para deixá-los mais seguros”, explica o engenheiro estrutural Dilip Khatri.

Outro estudo do U.S. Geological Survey sugere que o aumento de terremotos nos últimos anos pode estar relacionado com a intensificação de extrações de petróleo. Isso ocorreria porque a retirada de material das profundezas da Terra causa certa movimentação das placas. Mas ainda não há dados científicos suficientes que comprovem essa relação.

Segundo os sismólogos, o Big One é um fato certo. Todos dizem que vai acontecer mais dia menos dia. Mas ninguém consegue prever exatamente quando.

O processo funciona a partir da injeção de concreto em formato de haste em partes específicas da estrutura para que o edifício não desmorone quando houver um grande tremor de terra. O problema é que esse tipo de intervenção pode chegar a até 5% do valor total do edifício.

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