Somente em janeiro o Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande (CCZ) registrou 109 pedidos de dedetização em virtude do aparecimento de escorpiões na área urbana. O número mostra uma média diária de 36 queixas ao Poder Público, que nesta época do ano têm maior incidência por causa do calor.

“Eles vivem na rede de esgoto e ali encontram baratas que são um de seus alimentos preferidos, por isso ficam próximos também de córregos. Nesse período de calor os escorpiões costumam sair do seu habitat, o que justifica o seu aparecimento na tubulação de esgoto, e assim surgir nos ralos de chão, pias e tanques, caixas de gordura e de esgoto mal vedadas, grelhas de captação de água de chuva e bueiros”, diz a coordenadora técnica veterinária do CCZ, Juliana Rezende.

A veterinária alerta a população que os escorpiões saem preferencialmente à noite e buscam esconderijos úmidos e escuros. Em virtude disso, é necessária além das medidas de profilaxia, uma atenção maior neste horário. Segundo Juliana, rachaduras, vãos nas paredes, rodapés e azulejos servem de abrigo para esses animais, assim como materiais acumulados e sem uso frequente, deixados diretamente no chão.

A aparição dos escorpiões em Campo Grande tem sido mais frequente no início deste ano região das Moreninhas e no Centro de Campo Grande, especialmente nas proximidades da avenidas  Fernando Corrêa da Costa, Avenida Ernesto Geisel e da Rua Maracaju. Moradores da área Oeste da Capital, do Jardim Panamá, Jardim União e Santo Amaro também tem sofrido com o inseto.

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Sem baratas sua casa ou comércio diminui muito as chances de abrigar o escorpião amarelo

A dedetização é só um dos recursos que tem apenas efeito temporário e não evita que o inseto surja no quintal

Os acidentes com escorpiões são mais comuns no período de chuvas e quando o calor aumenta.

O escorpião amarelo só pica em instinto de defesa, quando são tocados

O principal sintoma quando ocorre o acidente é uma dor intensa, que se irradia do local da picada.

A ação do veneno pode gerar diferentes tipos de reações no homem (complicações mais graves em crianças e idosos) e nos animais.