Metade da bancada tucana tenta se desvencilhar da aliança PT-PSDB em Mato Grosso do Sul, principalmente depois do movimento do partido para criar a CPI da Petrobras. Professor Rinaldo (PSDB) volta a falar em candidatura própria e Márcio Monteiro (PSDB) reafirma que a aliança nunca foi formalizada.

O Professor Rinaldo ressaltou que não é fácil formalizar uma aliança entre PSDB e PT e afirmou que já defendia candidatura própria. “Já defendia candidatura própria. Há divergência tanto de um lado como do outro para formalizar a aliança entre os dois partidos”, afirmou o deputado.

Segundo ele, a movimentação do senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à presidente da República, para criar a CPI da Petrobras é uma ingrediente que dificulta a aliança no Estado. “Tudo que começa errado não pode ter final feliz”, reforçou Rinaldo. Para o parlamentar, isso “contribui para candidatura própria”.

O deputado Márcio Monteiro, presidente regional do partido, reafirmou que a aliança nunca foi formalizada. “Tem consciência clara que não tem aliança formalizada”, disse o tucano. Ele ainda que o caso Petrobras não é só ruim para a presidente Dilma Rousseff (PT) como para o País. “Não resta dúvida que a situação para Dilma, mas para o País inteiro”, completou.

Monteiro também falou em candidatura própria. “Todo o partido almeja isso (candidatura própria)”, pontuou. O deputado deve se reunir com o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) para discutir a situação. “A questão nacional temos nossa posição”.

O parlamentar diz não acreditar que a possível aliança PT-PSDB no Estado será ruim para a disputa eleitoral diante dos fatos nacionais. “Aqui nós apoiamos o André e não estamos mais juntos. Então, nacionalmente vamos apoiar o Aécio e aqui no Estado o Delcídio (PT)”, explicou.

Já o deputado Onevan de Matos (PSDB) prefere aguardar os desdobramentos para analisar o risco de não formalizar a aliança entre as duas siglas no Estado. “Isso é hipótese porque ainda está cogitando. Tem que esperar criar”, ponderou o tucano.

Apesar da análise ponderada, Onevan diz acreditar em reflexos na aliança regional. “Não resta dúvida que algum efeito deve ocorrer”, finalizou.