O presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, afirmou nesta terça-feira que as taxas de depósito do país devem ser liberalizadas em um a dois anos, o cronograma mais explícito até agora para o que pode ser o último passo em liberar os bancos do país para que determinem suas próprias taxas de juros.

“A liberalização da taxa de depósito está em nossa agenda. Pessoalmente acho muito provável que seja concebida dentro de um a dois anos”, disse Zhou.

Zhou falou em uma entrevista à imprensa que durou mais de uma hora na sessão anual do Parlamento da China. Ele não ofereceu nenhuma surpresa, reiterando uma promessa de acelerar a reforma financeira e avançar firmemente na direção de liberalizar o iuan na conta de capital do país.

Analistas esperam que os controles sobre as taxas de depósitos sejam suspensos gradualmente. O teto atual sobre as taxas de depósito é de 110 por cento do referencial determinado pelo banco central.

Entretanto, Zhou disse esperar que as taxas de depósito subam como resultado da liberalização. O banco central já permite que os bancos determinem suas próprias taxas de empréstimo, mas há espaço limitado para elas oscilarem dados os controles sobre as taxas de depósito.

Pequim anunciou reformas no final do ano passado conforme tenta mover a economia para além da dependência do investimento e exportações que alimentou expansão do PIB de dois dígitos por três décadas. O governo está favorecendo o consumo e serviços, na expectativa de que gerem um crescimento de longo prazo mais sustentável.