Carne bovina brasileira mantém a competitividade com custos e preços baixos entre os 30 países participantes do agri benchmark (formados por instituições governamentais ou não de cada país). O Brasil está entre os que têm menor custo de produção e um dos menores valores pagos pela carne e, por consequência a rentabilidade do pecuarista ocupa posição intermediária.
Já a China está em situação oposta, com custos elevados e preços recebidos pela carne ainda maiores e, por isso, com maior rentabilidade. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), na atividade de engorda (terminação), o custo total de produção de 100 quilos de carcaça variou de US$ 336 a US$ 476 em 2013, ano que o país voltou a ser o maior exportador de carne bovina.
Tendo em vista os preços obtidos pelos pecuaristas brasileiros no ano passado, um dos mais baixos em dólar, a margem depois de terem sido descontados todos os custos, inclusive taxa de juros sobre o capital investido na terra, no rebanho e nas demais estruturas, bem como o pró-labore do pecuarista, a rentabilidade variou de US$ 27 negativos até US$ 40 positivos a cada 100 quilos vendidos.
Ainda na análise que enfoca a rentabilidade da engorda de bovinos no Brasil, mas agora sem a inclusão da taxa de juros sobre o capital nem do pró-labore entre os custos, a margem variou de US$ 10 negativos até US$ 54 positivos a cada 100 quilos de carcaça vendidos. Na China, o custo total de produção foi de US$ 495 a US$ 856, dependendo do sistema de engorda analisado.