A segunda e última noite de Carnaval do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, terminou com muitas homenagens e menções ao universo infantil – principalmente a desenhos e brinquedos. A festa carioca emocionou os presentes contando a história do piloto Ayrton Senna, do ex-meia Zico, do ambientalista Chico Mendes, do carnavalesco Fernando Pinto e da histórica Avenida Rio Branco.

O universo infantil também encantou o público carioca, com muita nostalgia e a presença de brinquedos, contos de fadas e ídolos, nos desfiles da União da Ilha e da Unidos da Tijuca. Alguns incidentes também marcaram a noite: na própria União da Ilha, um carro alegórico deixou um dos destaques “penso”, perigosamente inclinado. Já a Vila Isabel viu quatro alas improvisarem fantasias, que não chegaram a tempo á Marquês de Sapucaí.

Mocidade

A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a primeira escola a desfilar na Sapucaí na noite desta segunda-feira, segundo dia do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. E a tradicional agremiação, que não leva o título desde 1996, fez homenagem ao carnavalesco Fernando Pinto, morto em 1987, que na apresentação da agremiação “volta” do espaço. Seu estado natal, Pernambuco, também foi relembrado.

União da Ilha

A Marquês de Sapucaí virou um mundo mágico com o desfile da União da Ilha. A segunda escola de samba abriu o baú de brinquedos e dedicou seu desfile ao universo infantil, transformando a avenida em uma enorme área de jogos e brincadeiras. Um carro alegórico, entretanto, apresentou um problema grave e deve prejudicar o resultado da agremiação.

Vila Isabel

A Vila Isabel apostou em uma homenagem à natureza brasileira e ao seringueiro e ativista Chico Mendes para buscar o bicampeonato no Carnaval carioca. Com o enredo “Retratos de um Brasil plural”, mostrou a diversidade da vegetação nacional e alerta para a importância da defesa do meio-ambiente. No entanto, sofreu com falhas graves: fantasias de quatro alas não foram entregues a tempo, e integrantes da escola tiveram que improvisar.

Imperatriz Leopoldinense

Horas após comemorar 61 anos de idade, o ex-jogador Zico virou enredo de Carnaval Imperatriz Leopoldinense, que homenageou o craque do Flamengo e da Seleção Brasileira, nascido em 3 de março de 1953 e que brilhou nos gramados do Brasil e do mundo entre as décadas de 1970 e 1990. O homenageado fechou o desfile como destaque principal do último carro alegórico, vestindo roupa de imperador e uma camisa com listras em vermelho e preto. Por ele, a escola quebrou a tradição de representar a coroa no abre-alas: ela acompanhou o “rei Arthur X” no encerramento da apresentação.

Portela

Penúltima escola a desfilar, a Portela colocou na Marquês de Sapucaí uma das principais ruas da capital carioca: a Avenida Rio Branco, tema do enredo “Um Rio de mar a mar: do Valongo à Glória de São Sebastião”. Em sua passagem pela avenida, a agremiação resgatou eventos importantes da região central da cidade, do mercado de escravos em seus primórdios ao Cordão do Bola Preta, Carnaval de rua tradicional.

Unidos da Tijuca

Última escola de samba do Grupo Especial, a Unidos da Tijuca transformou a Marquês de Sapucaí em um autódromo de Fórmula 1 e encerrou o Carnaval do Rio de Janeiro com homenagem ao ex-piloto Ayrton Senna, que morreu há 20 anos em um acidente no Grande Prêmio de San Marino, na Itália. Com referências a personagens velozes do imaginário e trechos da história de Senna, divertiu o público.