Brasil importa 80% menos gasolina no 1º semestre

A importações de gasolina pelo País caíram 80% no primeiro semestre deste ano, frente o mesmo período de 2013, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apesar de crescimento de 8,8% na demanda nos postos pelo combustível até maio. Até junho, o País importou 941,4 mil toneladas de gasolina, de acordo com […]

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A importações de gasolina pelo País caíram 80% no primeiro semestre deste ano, frente o mesmo período de 2013, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apesar de crescimento de 8,8% na demanda nos postos pelo combustível até maio.

Até junho, o País importou 941,4 mil toneladas de gasolina, de acordo com o ministério, enquanto no mesmo período do ano passado o volume somou 4,8 milhões de toneladas. Um dos fatores para a queda acentuada nas importações é o maior uso de etanol, tanto pelo aumento da mistura do biocombustível na gasolina, de 20% para 25% (a partir de maio de 2013), quanto pelo maior consumo de álcool hidratado pelos carros flex.

“O efeito do aumento da mistura do álcool na gasolina nas importações da Petrobras é muito grande”, afirmou à Reuters o diretor de regulação e abastecimento do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Luciano Libório.

A Petrobras também tem otimizado o uso de seu parque de refino, obtendo recorde de processamento de petróleo em junho, segundo informou em nota a empresa no início de julho. A carga média processada em junho pela Petrobras foi de 2,172 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), alta de 21 mil bpd sobre o recorde mensal anterior, registrado em março de 2014, contribuindo para a redução das importações de derivados.

Procurada para falar especificamente da queda nas importações de gasolina, a empresa não comentou imediatamente o assunto. A redução das compras externas é positiva para o caixa da Petrobras, já que a empresa vende derivados no mercado interno a preços inferiores aos que são praticados no exterior, como parte das políticas de controle da inflação do governo federal.

Libório destacou que, também por isso, torna-se desfavorável para outras companhias importarem gasolina para o Brasil – o ministério não divulga dados de importação por empresas.

As vendas de gasolina C das distribuidoras, comercializada nos postos com adição de etanol anidro, tiveram crescimento de 8,8% nos primeiros cinco meses do ano em relação ao mesmo período de 2013, segundo os últimos dados fornecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As vendas de etanol hidratado, que abastece veículos flex, também apresentou crescimento no acumulado até maio, de 15,4%.

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