O ataque mais fatal aconteceu na mesquita de Fatah, em Biji – 40 quilômetros ao norte de Tikrit -, que deixou 30 mortos e 40 feridos.

O segundo ataque foi lançado contra a Grande Mesquita de Tikrit, capital provincial de Saladino e localizada a 160 quilômetros ao norte de Bagdá, que deixou três mortos e seis feridos.

Em ambos os centros religiosos estavam detidos membros do Exército iraquiano, capturados pelo Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EIIL).

Os insurgentes cercaram os soldados nessas mesquitas para expressar o arrependimento por pertencer às forças governamentais, consideradas “infiéis” pelos jihadistas sunitas.

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, visitou nesta sexta-feira a cidade de Samarra, também na província de Saladino, para manter várias reuniões orientadas a recuperar a segurança na zona, segundo informou a televisão oficial “Al Iraquiya”.

Na terça-feira, os jihadistas sunitas tomaram o controle de Mossul, capital da província nortista de Ninawa, antes de estender nos seguintes dias sua ofensiva rumo às províncias de Saladino, Kirkuk e Diyala, em seu caminho para a capital.

O EIIL, que pretende criar um emirado islâmico no Iraque e na Síria, ameaçou prosseguir “suas conquistas” no Iraque e avançar para Bagdá e as cidades santas xiitas de Karbala e Najaf.

ONU aumenta ajuda humanitária para o Iraque

As agências da ONU aumentaram o fornecimento de ajuda humanitária ao Iraque, onde centenas de milhares de pessoas estão deslocadas como consequência da ofensiva jihadista que começou nesta semana, indicou um porta-voz nesta sexta-feira.

“As agências da ONU estão levando mais suprimentos ao interior do país, antecipando um maior deslocamento” da população, disse o porta-voz adjunto, Farhan Haq, em Nova York aos jornalistas.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) organizou um comboio aéreo de Dubai que deve transportar material humanitário a Erbil, a capital da região autônoma do Curdistão, no norte do Iraque, explicou Haq.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, ressaltou pouco antes que centenas de pessoas podem ter morrido e 1.000 foram feridas nos últimos dias, enquanto os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) avançam em direção a Bagdá.

Em alguns dias tomaram Mossul e a província de Nínive (no norte do país), se aproveitando da desordem das forças de segurança.